Agosto será um ótimo período para quem gosta de acompanhar o que acontece no céu. Para o mês, estão previsto alguns fenômenos astronômicos, como a terceira e última Superlua do ano e duas chuvas de meteoros.
O mês também reserva cinco conjunções, fenômeno que ocorre quando dois ou mais corpos celestes aparecem, de forma ilusória, próximos uns dos outros no céu.
Para você não perder nenhum desses eventos, GZH separou um calendário com as datas. Confira:
Calendário de fenômenos astronômicos
- 1 de agosto: Conjunção entre Marte e Saturno;
- 11 de agosto: Terceira e última Superlua do ano;
- 12 e 13 de agosto: Pico máximo da chuva de meteoros Perseidas;
- 14 de agosto: Saturno em oposição;
- 15 de agosto: Conjunção entre Júpiter e Lua;
- 18 de agosto: Pico máximo da chuva de meteoros Kappa-Cignídeos;
- 19 de agosto: Conjunção entre Marte e Lua;
- 25 de agosto: Conjunção entre Vênus e Lua;
- 29 de agosto: Conjunção entre Mercúrio e Lua.
Conjunção entre Marte e Saturno
Em 1º de agosto às 6h22min (horário de Brasília) começará a conjunção entre Marte e Saturno. No céu, os dois corpos celestes aparecerão como próximos. Vale lembrar que essa proximidade entre eles não ocorre de fato e é apenas um efeito visual.
O planeta vermelho será o mais brilhante e perceptível dos dois, com brilho de magnitude de 0,2. O fenômeno poderá ser visto mediante o uso de binóculo. No caso do telescópio, os corpos celestes só poderão ser vistos individualmente, pois a distância entre eles é grande demais para o campo de visão do objeto astronômico.
Última Superlua do ano
Um dos fenômenos mais aguardados do mês está previsto para 13 agosto. Nesse dia, haverá a terceira e última Superlua do ano. Durante essa fase, o satélite natural, que estará em sua fase cheia, ficará localizado no lado oposto da Terra em relação ao Sol e sua face estará totalmente iluminada.
O fenômeno só é possível graças à forma elíptica da órbita da Lua ao redor do planeta, que é mais oval do que circular, somado ao fato do satélite estar perto de sua aproximação máxima com a Terra (363 mil quilômetros), chamada de perigeu. No extremo oposto, o ponto mais distante , denominado de apogeu, fica a cerca de 405 mil quilômetros da Terra.
A primeira Superlua do ano ocorreu em 14 de junho. O fenômeno também é conhecido como Superlua de morango. O nome foi criado pelos povos nativos da América do Norte que usavam os corpos celestes como indicadores para saber o melhor momento para plantar, colher e caçar. Segundo a crença dos povos antigos, essa Superlua marca o mês de junho, em que os frutos selvagens, como o morango, amadurecem no hemisfério norte, no período equivalente ao final da primavera.
A segunda Superlua de 2022 foi registrada em 13 de julho e foi maior e mais brilhante se comparada a anterior. O fenômeno é conhecido como Superlua de Cervos. O nome remete ao período em que a galhada desses animais volta a crescer e tem origem na tradição da tribo indígena Algonquin, do nordeste do Canadá.
Chuva de meteoros Perseidas
O pico máximo da chuva de meteoros Perseidas ocorrerá na noite de 12 de agosto e nas primeiras horas da madrugada de 13 de agosto. O fenômeno é resultado do cometa Swift-Tutle, descoberto em 1862 por astrônomos dos Estados Unidos.
Especialistas estimam que durante o pico máximo possam ser observados 60 meteoros por hora. Em decorrência da trajetória do cometa, a chuva de meteoros será mais visível do hemisfério norte do planeta. Com relação ao Brasil, nas regiões norte e nordeste do país será mais fácil de identificar o fenômeno.
Astrônomos indicam que como a Lua estará quase cheia no céu, a visibilidade da chuva poderá ser prejudicada. Além disso, eles recomendam que as pessoas estejam em um local escuro após a meia-noite para uma melhor visualização do fenômeno.
Saturno em oposição
Em 14 de agosto Saturno estará em oposição ao Sol. Em termos astronômicos, isso significa que o planeta estará em sua melhor posição para ser observado.
Durante o período, Saturno aparecerá mais alto no céu e também estará visível por mais tempo. Com o uso de binóculos ou telescópio será possível avistar o corpo celeste.
Chuva de meteoros Kappa-Cignídeos
O pico máximo da chuva de meteoros Kappa-Cignídeos ocorrerá em 18 de agosto. Os corpos celestes poderão ser facilmente observados, principalmente no hemisfério norte. Os meteoros kappas são de coloração branco-azulados e são conhecidos por terem a cauda curta. Em comparação com os perseidas, eles são mais lentos e menos brilhantes.
A chuva dos meteoros kappas foi descoberta pelo astrônomo húngaro N. de Konkoly nas noites de 11 a 12 de agosto de 1874. Inicialmente, ele não prestou muito atenção nos corpos celestes, pois estava na busca pelos perseidas.
Em 1877, o astrônomo inglês William F. Denning observou os kappas. Isso o motivou a escrever um artigo na revista científica The Observatory em que relatou a surpresa com a frequência e o brilho dos meteoros.
Conjunções dos planetas com a Lua
Estão previstas para agosto quatro conjunções de planetas do Sistema Solar com a Lua. O primeiro desses fenômenos ocorrerá em 15 de agosto e será entre Júpiter e o satélite natural.
Quatro dias depois da primeira conjunção desse tipo no mês, o fenômeno ocorrerá entre Marte e o satélite natural. Em 25 de agosto será a vez de Vênus entrar em conjunção com a Lua. Por fim, em 29 de agosto, haverá a última conjunção prevista no mês, e será entre Mercúrio e a Lua.
A conjunção dos planetas com a Lua faz com que os corpos celestes sejam vistos no céu como muito próximos uns dos outros. No entanto, de fato, não ocorre a aproximação do satélite natural com os planetas. Se houvesse, isso causaria impactos significativos no Sistema Solar.
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