Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro realizaram uma manifestação em defesa do voto impresso e contagem pública dos votos na tarde deste domingo, 1, em Campo Novo. O ato aconteceu às margens da BR-468, próximo ao Mato do Bones, no km 80, trecho da rodovia entre Campo Novo e Bom Progresso.
Manifestações em várias regiões do Brasil
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fizeram manifestações neste domingo (1), em vários locais do Brasil, pedindo a volta do voto impresso. Na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio, os manifestantes revezaram-se em discursos nos carros de som dos organizadores, repetindo argumentos do presidente Jair Bolsonaro contra a votação exclusivamente digital.
Eles também fizeram ataques a alvos diversos, desde parlamentares a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Também havia críticas à imprensa profissional e a partidos políticos, especialmente de esquerda. O protesto reuniu pessoas distribuídas ao longo de seis quarteirões da orla.
Manifestantes vestidos com camisa da Seleção Brasileira, alguns com bandeiras do Brasil e muitos sem máscaras, carregaram cartazes pedindo o voto impresso. Em volta de um dos carros de som, do Movimento Conservador, os manifestantes gritavam “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Barroso e outros ministros do STF têm defendido o voto exclusivamente eletrônico. Argumentam que a votação digital já é auditável. Dizem que, se houver a possibilidade de uma recontagem de votos impressos, candidatos derrotados tenderão a pedir recontagem.
Também há preocupação com a possibilidade de mobilização, via redes sociais, de eleitores inconformados com a derrota de seus candidatos. Poderiam pressionar os escrutinadores do voto impresso e criar um ambiente favorável a soluções extraconstitucionais – por exemplo, um golpe.
O presidente Jair Bolsonaro, que venceu várias eleições por voto exclusivamente eletrônico, tem exigido que o pleito de 2022 tenha voto também impresso. Indica que não aceitará o resultado apenas digital. Explicitou essa posição principalmente depois que pesquisas indicaram que sua popularidade caía e que não seria reeleito hoje. (CP)