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Foto: Reprodução

No universo da numismática brasileira, algumas peças do Plano Real se destacam não apenas por sua raridade, mas também pelo valor que podem alcançar entre colecionadores. Moedas consideradas escassas, aquelas com tiragem limitada, têm provocado um verdadeiro frenesi no mercado, atingindo preços que podem ultrapassar a casa dos mil reais, dependendo de seu estado de conservação. Mas o que torna essas moedas tão especiais e valiosas?

Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), ao jornal Valor Ecônomico, esclareceu a diferença crucial entre moedas raras e escassas. No Brasil, uma moeda entra na categoria de escassa quando sua tiragem é inferior a 1 milhão de unidades. Essa limitação na produção pode ser o resultado de serem edições comemorativas ou apresentarem erros de cunhagem, tornando-as extremamente atrativas para os colecionadores.

A Casa da Moeda do Brasil, instituição responsável pela fabricação das moedas, teve seu momento emblemático em 2012. Um erro de cunhagem resultou na emissão de moedas de 50 centavos sem o zero, uma falha que desde então levou a uma revisão e aprimoramento do processo de produção, incluindo a introdução de um dispositivo à prova de erros humanos.

As Moedas do Plano Real que são Verdadeiras Relíquias

  1. Moeda de 50 Centavos de 2012 sem o Zero: Esta peça, com seu notável erro de cunhagem, pode ser avaliada entre R$ 1.000 e R$ 1.500.
  2. Moeda de R$ 1 de 1998: Lançada em comemoração aos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, esta moeda pode alcançar um valor de R$ 200 a R$ 330.
  3. Moeda de R$ 1 de 2012: Emitida para celebrar a entrega da bandeira olímpica, tem um valor estimado de R$ 90 a R$ 120.
  4. Moeda de 10 Centavos de 1995: Parte do Plano Numismático para a FAO (Food and Agriculture Organization), pode valer de R$ 60 a R$ 85.
  5. Moeda de 25 Centavos de 1995: Também emitida em homenagem à FAO, esta moeda pode ser comercializada por R$ 20 a R$ 35.

Além das preciosidades do Plano Real, Pellizzari destaca a Peça da Coroação, a moeda brasileira mais valiosa fora deste plano. Comemorando a coroação de D. Pedro I em 1822, essa moeda de ouro foi arrematada por cerca de US$ 500 mil (R$ 2,48 milhões) em um leilão nos Estados Unidos, em 2014.

A Arte e a Ciência por Trás da Numismática

A numismática não se limita ao ato de colecionar moedas; ela envolve um profundo apreço pela história, pela arte e pela economia que cada peça representa. As moedas do Plano Real, especialmente aquelas com tiragem limitada ou com erros de cunhagem, são exemplos notáveis de como pequenas peças de metal podem se transformar em valiosos artefatos históricos. Para os entusiastas e colecionadores, cada moeda conta uma história única, capturando momentos significativos da história brasileira e mundial.

Este fascinante mercado das moedas escassas e valiosas do Plano Real revela uma paixão compartilhada por colecionadores e estudiosos, unidos pelo desejo de preservar e valorizar a história e a cultura através da numismática.

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