Geral
Foto: PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL/EBC

Janeiro, como mês do auge do verão, tem a comum irregularidade da chuva com significativa variabilidade nos totais de chuva de uma área para outra. Em um mês, ponto de um município pode ter muita chuva e outros baixos volumes de precipitação. Os volumes são determinados demais por pancadas que são isoladas.

Neste janeiro, no Sul do Brasil, as precipitações devem seguir esse padrão. É difícil se estabelecer uma tendência regional de chuva acima ou abaixo da média porque haverá locais dentro de uma mesma microrregião em que os volumes no mês podem terminar acima ou abaixo, tal a irregularidade na distribuição da chuva que se prevê.

Setores do Oeste gaúcho e do Leste catarinense possuem maior probabilidade de precipitação em valores acima da média. Por outro lado, algumas áreas podem sentir reflexos de escassez de chuva mais volumosa, com algumas preocupação na agricultura.

Os mapas abaixo mostram a tendência de anomalia de chuva semana a semana para o mês de janeiro do modelo meteorológico europeu. Os mapas são meramente ilustrativos e não necessariamente representam o prognóstico final da MetSul Meteorologia.

A MetSul projeta chuva abaixo da média em grande parte do Centro-Oeste, exceção de parte do Mato Grosso e de Goiás. No Sudeste, a maior parte de São Paulo deve seguir se ressentindo de chuva abaixo a muito abaixo da média. Deve chover mais, inclusive com acumulados por vezes excessivos, em Minas Gerais, no Norte do Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Um evento da Zona de Convergência do Atlântico Sul na primeira semana do mês vai contribuir com os acumulados mais altos nestas áreas. A chuva volumosa deve atenuar a estiagem no Norte mineiro. Precipitações mais abundantes são esperadas também no Nordeste do Brasil, especialmente na Bahia, em parte do mês.

Uma vez que é o auge do verão, são comuns volumes muito altos e até extremos em curtos intervalos de maneira muito isolada acompanhando temporais localizados que ocorrem precipuamente da tarde para a noite, sobretudo em dias de calor mais intenso.

Estes temporais de verão podem vir com granizo, vendaval e em casos mais extremos até tornados. No caso do Rio Grande do Sui, o pior temporal da história recente de Porto Alegre, por exemplo, ocorreu em janeiro, no ano de 2016, de El Niño, com estragos significativos.

TEMPERATURA EM JANEIRO

Grande parte do Sul, do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil deve ter temperatura acima a muito acima do normal. Os maiores desvios são previstos para áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, em particular do Mato Grosso do Sul, do interior de São Paulo e no Oeste de Minas Gerais (Triângulo Mineiro). No Sul do Brasil, o Paraná será o estado em que a temperatura mais deve ficar acima da média.

Os mapas abaixo mostram a tendência de anomalia de chuva semana a semana para o mês de janeiro do modelo meteorológico europeu. Os mapas são meramente ilustrativos e não necessariamente representam o prognóstico final da MetSul Meteorologia.

O Rio Grande do Sul deve repetir a tendência de dezembro de escapar da temperatura acima a muito acima da média de grande parte do Brasil. Novamente, incursões de ar mais frio no Uruguai e na Argentina devem proporcionar menos dias de calor excessivo do que o normal, embora alguns dias de janeiro devam ser muito quentes e até tórridos.

Não se espera, assim, que janeiro repita onda de calor tão extrema no mês, como se viu em 2022. Foi uma anomalia histórica extraordinária com 15 dias seguidos de máximas acima de 40ºC no Rio Grande do Sul, favorecida por forte estiagem, condição ausente neste verão.

A primeira semana de janeiro terá temperatura predominantemente agradável com tempo menos quente do que o habitual na maioria dos dias no Rio Grande do Sul, mas a partir da segunda semana se espera calor mais intenso e com maior risco de temporais de verão no estado gaúcho.

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MetSul – https://metsul.com/2023-12-31-clima-janeiro-chuva-temperatura/