Após sobrevoar as áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste domingo (5), em Porto Alegre, de uma reunião com autoridades gaúchas e integrantes do governo federal para avaliar as ações adotadas na região.
O presidente, que faz a segunda viagem ao Estado desde o início das enxurradas, levou uma comitiva dos três poderes até o Rio Grande do Sul. O Estado registra até o momento 75 mortes.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, integraram a comitiva do governo federal.
Lula desembarcou na base aérea de Canoas e, de helicóptero, sobrevoou áreas afetadas pela cheia do Guaíba em Porto Alegre e região metropolitana. Em seguida, na Capital, comandou uma reunião com autoridades do governo gaúcho e prefeitos.
Após a reunião, autoridades federais e estaduais fizeram uma apresentação à imprensa. O ministro da Integração Nacional, Waldez Goés, afirmou que continuam as ações de resgate de pessoas, mas que também são adotadas medidas para restabelecer serviços nos municípios em que os rios começam a recuar.
“Já é hora de a gente trabalhar fortemente uma frente em relação ao restabelecimento”, disse.
Governador solicita recursos O governador Eduardo Leite (PSDB) reafirmou que é a “maior catástrofe climática” do Estado e citou a possibilidade de “desabastecimento” e “colapso” em diferentes áreas, já que o aeroporto Salgado Filho está fechado, parte das rodovias está bloqueada e milhares de famílias estão sem energia elétrica.
“Estamos acompanhando todo o impacto nas cadeias produtivas que terá, porque os animais não chegam, o frigorífico também foi atingido, colapsado, isso afeta a vida dos trabalhadores naturalmente, mas há também a questão do abastecimento. Então ações terão que ser empreendidas nessa área. O impacto na indústria, por insumos que não chegarão, ou nas empresas que fornecem e foram atingidas, com paralisações nas plantas industriais, exigirá medidas econômicas”, declarou o governador.
Leite frisou que as enchentes afetaram mais de 300 dos 496 municípios do estado, afirmou que será preciso aporte de linhas de crédito e defendeu que a legislação fiscal seja flexibilizada nos moldes do que ocorreu durante a pandemia de covid.
“As autoridades públicas aqui precisam ver e perceber, presidente Lira, presidente Pacheco, […] a máquina pública está sufocada com essa situação e não conseguirá dar respostas se nós não adotarmos ações excepcionais também do ponto de vista fiscal”, afirmou.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, destacou a necessidade de acelerar a chegada de recursos aos municípios, que precisarão reconstruir estruturas destruídas pelas enchentes. O prefeito lembrou que faltam equipamentos para enfrentar uma tragédia dessa dimensão.
“Está faltando barcos na cidade, está faltando botes na cidade, está faltando coletes na cidade, estou falando da minha cidade, mas isso se estende para muitos municípios e isso não pode esperar, tem que ser hoje, tem que ser agora”, afirmou.
“Mas também temos que nos preocupar com o suprimento, 70% da cidade está sem água. Os caminhões-pipa estão quase sem diesel, o oxigênio está acabando para o Rio Grande e para nossa cidade também. Precisamos nos concentrar em salvar vidas primeiro”, acrescentou Melo.
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O Sul