Médico é condenado a 58 anos de prisão por feminicídio e homicídio no RS

O médico Wilson Roos Junior foi condenado a 58 anos, 4 meses e 20 dias de prisão pelo assassinato da ex-companheira, Thiéle Sallet Molina, de 29 anos, e do namorado dela, o major do Exército Rodrigo Falcão, de 38 anos, além de ter que indenizar as vítimas indiretas, os filhos, de Thiéle e Rodrigo em 50 salários mínimos.

O julgamento que teve início na manhã de quarta-feira (9), no Fórum de São Gabriel, e se estendeu até a noite desta quinta-feira (10). O júri popular, composto por sete pessoas — três homens e quatro mulheres — considerou Roos culpado por homicídio duplamente qualificado e feminicídio triplamente qualificado.

A sessão foi presidida pela juíza de Direito Liz Gratchen. A acusação ficou sob responsabilidade dos promotores de Justiça Leonardo Giardin de Souza e Graziela Vieira Lorenzoni. A defesa foi formada pelos advogados Ezequiel Vetoretti, Eduardo Vetoretti, Rodrigo Grecellé Vares e Arthur Martins Nascimento.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime foi motivado por ciúmes e pela não aceitação do fim do relacionamento por parte de Roos. Na noite do crime, ele foi até a casa de Thiéle, onde vivia com as filhas de três anos. Após uma discussão, o médico sacou uma pistola e atirou contra ela e o namorado, Rodrigo Falcão que morreu no local. Já Thiéle chegou a ser socorrida e passou por cirurgia de emergência na Santa Casa de Caridade, mas não resistiu e morreu na madrugada de 17 de maio.

Relembre o caso

O crime ocorreu em 16 de maio de 2023, em um condomínio na Rua Interna, zona sul de São Gabriel. Wilson Roos Junior, à época com 64 anos, assassinou a ex-companheira e o namorado dela a tiros.

Roos e Thiéle estavam em processo de separação desde o final do ano anterior. Rodrigo Falcão foi atingido e morreu em frente à residência. Thiéle também foi baleada e, embora socorrida, faleceu horas depois no hospital.

Após o crime, o médico fugiu do local, mas se apresentou espontaneamente à Polícia Civil durante a madrugada, acompanhado de um advogado. Ele foi preso em flagrante e segue detido no Presídio Estadual de São Gabriel.

Rafael Menezes/Bei

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