Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A cobrança de multa para motoristas sem o exame toxicológico estava suspensa 2022, mas o seu Adilson Martins nunca deixou de fazer. Ele mora no interior de São Paulo e, com o exame vencido, voltou ao laboratório.
“Até porque ser de categoria específica implica em você conduzir veículos de maior porte e que necessitam mais segurança. No trânsito, eu entendo que é uma conjunção das condições do veículo, da condição da estrada e, principalmente, do condutor”, diz Adilson, que é consultor de energia.
“Se esse condutor não tiver em condições físicas, seja por alcoolismo, seja por cansaço ou mesmo por droga, como é o caso, ele vai estar colocando em risco todas as pessoas que estão transitando ali”, completa.
O teste toxicológico pode detectar substâncias consumidas há mais de 90 dias. O vice-presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Ricardo Hegele, explica que as drogas agem de duas formas no corpo.
“As estimulantes, como a cocaína e as anfetaminas, estão associadas a um excesso de velocidade. Ou seja, faz o motorista dirigir de forma agressiva”, diz Ricardo. “É diferente na questão do uso de substâncias psicoativas, que são depressoras do sistema nervoso central, como a maconha e o álcool. Essas drogas aumentam o tempo de reação, prejudicando, a questão de atenção e a coordenação dele”, completa o especialista.
O exame toxicológico é obrigatório desde 2016 para motoristas das categorias C, D e E. A cobrança da multa ficou suspensa nos últimos anos. No entanto, a partir do dia 1º de maio, os motoristas das categorias C, D e E que não estiverem com o exame em dia vão ser multados em quase R$ 1.500 — a infração é considerada gravíssima e o condutor ainda recebe sete pontos na carteira de habilitação.
Em uma rede de laboratórios, a demanda pelo teste subiu 36% em abril, na comparação com o março. Todos os dias chegam milhares de exames de todas as partes do Brasil.
“Coleta-se duas porções de amostra, tanto de cabelo, quanto de pelo. Uma amostra é destinada para prova e outra para contraprova. Nessa análise, então, a gente avalia as drogas exigidas pela legislação”, diz Andressa Benedetti Martins, farmacêutica bioquímica coordenadora e responsável técnica pela toxicologia do laboratório.
O exame precisa ser feito a cada dois anos e meio em laboratórios credenciados pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). O motorista Silvanio Pereira de Souza trabalha com um caminhão-guincho recolhendo veículos que se envolveram em acidentes e sabe da importância de manter o toxicológico em dia. “Não adianta ter pressa para chegar, o importante é chegar. E não adianta colocar alguma coisa a mais na veia que não vai resolver nada”, diz ele.
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O Sul
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