Manifestações em defesa de recursos para a educação tomaram as ruas de mais de 150 cidades de todos os estados do país, além do Distrito Federal, ao longo de toda quarta-feira. Universidades e escolas também fizeram paralisações após convocação de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos.
A mobilização nacional ocorreu em reação ao bloqueio, realizado pelo Ministério da Educação (MEC) no final de abril, de parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários e aposentadorias, não foram afetadas. No total, considerando todas as universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das federais.
Correio do Povo