Geral
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

De acordo com os dados inéditos da Fundação Getúlio Vargas Social, a pobreza deu um salto no Brasil no ano passado e bateu recorde com quase um terço da população que vive com menos de R$ 500 por mês. O levantamento tem base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE. A pesquisa da FGV, Um Mapa da Nova Pobreza, apontou que cerca de 30% da população brasileira vivia em 2021 com R$ 497 de renda domiciliar per capta, o equivalente a cerca de 63 milhões de pessoas com menos da metade de um salário mínimo por mês.

Aumento da pobreza

Entre 2019 e 2021, houve um aumento de 9,6 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Segundo a FGV, o índice nunca esteve tão alto no Brasil como no ano passado, o maior desde o início da série histórica em 2012. O estudo avalia que esta é uma década perdida para a redução da desigualdade. A menor taxa de pobreza em 2021 foi registrada em Santa Catarina e o Estado com a maior proporção de pobres foi o Maranhão, com quase 60% das pessoas. O maior aumento da pobreza se deu em Pernambuco e, as únicas quedas do período foram observadas no Tocantins e no Piauí.

Programas sociais

A partir de 2020, o Governo Federal lançou programas de auxílio e assistência social para ajudar a população e as empresas a enfrentarem as consequências negativas da pandemia da Covid-19 sobre a economia, mercado de trabalho e questões humanitárias. O economista da FGV Marcelo Neri avalia os resultados da pesquisa: “É uma avaliação do nível de pobreza usando uma linha de R$ 497 mensais por pessoa, é a linha mais alta do Banco Mundial, aplicada a vários países. São cerca de 63 milhões abaixo dessa linha e entre 2019 e 2021 foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram essa linha de pobreza para baixo, quase a população de Portugal”.

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