Nessa quarta-feira, 23, o governo federal lançou a nova Carteira Nacional de Identidade (RG Único), que unificará o RG e o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) dos cidadãos. A iniciativa prevê evitar fraudes e deverá ser adotada de forma padrão em todo o país até 6 de março de 2023. A mudança, que será obrigatória, aposentará o RG impresso em papel em até 10 anos. A exceção à regra serão os idosos, que poderão usar a versão original por tempo indeterminado. A emissão do novo RG será feita gratuitamente pelas secretarias de segurança dos estados, assim como é feito com o modelo tradicional.
O lançamento do RG Único foi oficializado com assinatura de um decreto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em evento que contou com a presença dos ministros Paulo Guedes (Economia), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Anderson Gustavo Torres (Justiça e Segurança Pública).
A nova carteira
O novo documento digital terá todo o histórico de saúde do brasileiro em uma ferramenta chamada Open Health. Baseado no Open Banking, o sistema terá detalhes como tipo sanguíneo, fator RH e se a pessoa é doadora de órgãos.
De acordo com Guedes, a partir da centralização das informações, o cidadão poderá ser atendido em qualquer unidade de saúde do país, locais nos quais os profissionais terão acesso fácil às comorbidades e a outras condições do paciente.
A validação do documento será feita pelo aplicativo Gov.br. Quando solicitarem o novo documento, as pessoas terão a possibilidade de validá-lo de maneira eletrônica por QR Code, por exemplo.
Com a alteração, não existirão mais dois números de identificação (RG e CPF), somente um, que será universal. De acordo com o governo, o novo documento também valerá para viagens internacionais, já que terá o registro do código Machine Readable Zone (MRZ), que é emitido nos passaportes.
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