O Fantástico foi à fronteira do Brasil com a Argentina investigar um esquema criminoso: o contrabando de vinhos, um mercado clandestino que movimentou R$ 2 bilhões só em 2021. Nos últimos três anos, o número de apreensões de garrafas contrabandeadas aumentou sete vezes.
O Fantástico acompanhou uma operação da Receita Federal brasileira na região de Tiradentes do Sul, no Norte gaúcho. Na outra margem do rio Uruguai fica a cidade de El Soberbio, onde o repórter Giovani Grizotti conversou com um contrabandista de vinho.
Repórter: Qual é a quantidade mínima que tu leva?
Contrabandista: Para levar no barco?
Repórter: É
Contrabandista: O que tiver a gente leva. Se tiver umas 200 caixas, a gente leva em ‘umas quantas vezes’.
Repórter: Se der zebra na água tu cobre, tu dá garantia?
Contrabandista: Sim, dou garantia. E dou garantia do lado de lá. Depois que está no teu carro, aí tu me paga.
A equipe do Fantástico não fez a compra, mas, no lado brasileiro, os agentes da Receita flagraram uma cena que confirma o que os contrabandistas prometem.
As equipes da Receita receberam informação de que contrabandistas estavam saindo da Argentina. Na balsa que cruza o rio Uruguai em direção ao Brasil, caixas de vinho foram escondidas em um carro. Depois, o carro passou por um posto de fiscalização da Receita abandonado, segundo um auditor, por falta de pessoal.
Já em território brasileiro, o carro do contrabando foi abordado pelos agentes. Casos assim têm aumentado em uma velocidade impressionante. Em 2019, foram apreendidas 87 mil garrafas de vinho introduzidas irregularmente no Brasil. Em 2021, foram quase 600 mil.
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Fantástico