Foto: Arquivo/Três Passos News
Encontrada sem vida na prisão, em Porto Alegre, Edelvânia Wirganovicz, de 51 anos, foi sepultada na cidade de Cristal do Sul, no Noroeste do Estado. Segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), a apenada tinha sinais de asfixia quando foi localizada na terça-feira. A principal suspeita, é de que ela tenha atentado contra a própria vida.
Edelvânia cumpria pena definida no julgamento sobre o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, em abril de 2014, no município de Três Passos. Ela foi condenada a 22 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A mulher era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, também considerada culpada de assassinato do menino, que morreu por overdose de sedativos.
Em fevereiro deste ano, Edelvânia havia tido sua prisão domiciliar revogada e precisou retornar a uma unidade do regime semiaberto. A determinação atendeu uma reclamação da Procuradoria de Recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Na interpretação do órgão acusatório, ela não poderia receber benefício de regime domiciliar porque tinha ainda pendente o cumprimento de 50% da pena.
Procurada, a defesa da apenada se manifestou através do advogado Jean Severo, que afirma que a mudança de regime foi um fator determinante para a morte. “Ela vinha cumprindo prisão domiciliar com tornozeleira, obedecendo todas as orientações da Vara de Execução Criminal. Infelizmente, o Ministério Público, não contente somente com a condenação, ingressou com reclamação para que Edelvânia fosse para o regime semiaberto, mesmo sabendo que não era o local ideal para o cumprimento de pena para o tipo de crime que ela foi acusada e condenada”, alega.
De acordo com o advogado, em Porto Alegre, Edelvânia não conseguia receber visitas. “A família está devastada emocionalmente pelo seu óbito. Ela cumpriu nove anos em regime fechado, sem receber visitas de ninguém devido às condições financeiras da família, que são poucas”, diz Severo. “Edelvânia pagou sua pena com a vida. Fizeram de tudo para colocá-la longe da família, nestas condições inadequadas de cumprimento de pena”, completa Severo.
A defesa diz, ainda, que vai acompanhar, a pedido da família, as investigações sobre a morte. “Temos notícias que, no mês de março, Edelvânia sofreu ameaças de outra detenta”, finaliza Severo.
Procurado, o MPRS se manifestou através de nota: “Nenhum de nós fica satisfeito, pois o que o Ministério Público postula é a pena de prisão, nunca a pena de morte. Porém, uma morte de um apenado (a), não justifica a impunidade de quem comete crimes bárbaros especialmente contra vulneráveis”, informou.
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