Justiça
Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

O réu Jair Menezes Rosa, 62 anos, foi condenado a 45 anos de prisão no início da noite desta sexta-feira (18), pelo estupro e morte de Francine Rocha Ribeiro, 24, em agosto de 2018. O júri teve início por volta de 9h30min, no Fórum de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. 

A juíza da 1ª Vara Criminal Márcia Inês Doebber Wrasse leu a sentença por volta das 19h, aplicando a pena total de 45 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. São 33 anos pelo crime de homicídio qualificado (incluindo a qualificadora de feminicídio) e 12 anos pelo crime de estupro. 

A prisão preventiva do réu, que cumpre pena no Presídio Estadual de Candelária desde 2018, foi mantida. Ele não poderá recorrer em liberdade. Jair prestou depoimento nesta tarde, mas não acompanhou a leitura da sentença alegando que passava mal. Ele foi encaminhado novamente ao presídio.

O promotor Flavio Eduardo de Lima Passos, da Comarca de Santa Cruz do Sul, avalia que as penas definidas pela Justiça foram satisfatórias.  

— Entendemos que foi feita a justiça. Trabalhamos desde o início neste processo, que culminou no julgamento. Avaliamos que a pena final estabelecida foi justa e proporcional ao crime que foi praticado — afirma. 

O advogado de defesa, Mateus Porto, salientou que o réu nega a autoria tanto do homicídio quanto do estupro. Em sua tese, apresentada aos jurados durante a tarde, ele também questionou a materialidade das provas apresentadas pela acusação sobre o estupro. 

Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

— Respeito a decisão do colegiado, porém divirjo. Entendo que a dosimetria das penas foi exacerbada. Já na segunda-feira vamos ingressar com o recurso — frisa o advogado. 

Entenda o caso 

No dia 12 de agosto de 2018, domingo do Dia dos Pais, Francine Rocha Ribeiro, 24 anos, saiu de casa para uma caminhada no Lago Dourado, ponto turístico de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, e não retornou. 

Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Francine foi atacada por Jair enquanto se exercitava no entorno do lago. Segundo o MP, o réu, que residia próximo do ponto turístico, teria avistado a jovem caminhando sozinha e a obrigado a entrar na mata nas proximidades. Ali, teria imobilizado, estuprado e agredido a vítima até a morte. Francine morreu em razão de asfixia e hemorragia interna, provocada pelo espancamento. 

Foto: Foro da Comarca de Santa Cruz do Sul / Divulgação

O réu também foi acusado de furto, já que teria, segundo a acusação, levado da vítima celular, óculos de grau e uma blusa. No entanto, ele foi absolvido desta acusação no júri desta sexta-feira.

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