A defesa de Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça (TJ) do pedido de anulação do júri realizado em março, em Três Passos. Os advogados Rodrigo Grecelle Vares e Ezequiel Vetoretti alegam que a decisão dos jurados foi contrária às provas contidas no processo, o que seria motivo para anular o julgamento. O médico foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão por participação na morte do filho. As informações são de Gaúcha ZH.
Além de Boldrini, foram condenados pelo crime, ocorrido em 2014, a então madrasta de Bernardo, Graciele Uglione, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Os defensores dos quatro réus já recorreram das penas dadas pela juíza Sucilene Engler.
Contudo, segundo o TJ, para os pedidos serem encaminhados para julgamento na corte ainda falta que os advogados de Graciele e de Edelvânia apresentem as razões da apelação. Depois disso, o Ministério Público (MP) ainda fará as contrarrazões.
Além de contestar a pena, a defesa de Boldrini quer a anulação do julgamento. O médico foi acusado pelo Ministério Público de ser o mentor intelectual do plano para matar Bernardo. Conforme a denúncia, ele planejou e financiou o crime.
Além da questão de mérito, que trata da falta de provas para sustentar a condenação, os advogados alegam ter ocorrido uma série de nulidades ao longo do julgamento — ou seja, situações que contrariam o rito estipulado em lei, deixando de seguir formalidades, ou que desconsideraram direitos dos réus. Uma delas estaria ligada ao direito do acusado de ficar em silêncio.