Justiça
Foto: Márcio Daudt TJ RS

Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do filho Bernardo Boldrini, em abril  de 2014, foi novamente condenado. A pena total foi de 31 anos e 8 meses de reclusão. A leitura da sentença foi feita pela Juíza Presidente do Tribunal do Júri, Sucilene Engler Audino, no final da tarde desta quinta-feira, no Salão do Júri do Foro da Comarca de Três Passos, onde foi realizado o julgamento.

Após quatro dias de trabalhos, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Três Passos chegou a um veredicto e entendeu que o réu é culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver. Confira as penas:

  • Homicídio quadruplamente qualificado – 30 anos e 8 meses de reclusão
  • Falsidade ideológica – 1 ano de reclusão falsidade

Leandro Boldrini acompanhou o primeiro dia de julgamento, mas, na terça-feira, foi solicitado atendimento médico e ele foi dispensado de permanecer em plenário. Hoje pela manhã, a defesa dele comunicou que o réu não estava em condições de ser interrogado e ele retornou ao Presídio de Ijuí, onde permaneceu nos últimos dias.

Caso
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 04/04/14. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade vizinha, Frederico Westphalen.

No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime, com a ajuda da amiga dela, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.

Primeiro júri e anulação
Em 2019, Leandro foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão (30 anos e 8 meses por homicídio, 2 anos por ocultação de cadáver e 1 ano por falsidade ideológica).

Também foram condenados: Graciele Ugulini (34 anos e 7 meses de reclusão), Edelvania Wirganovicz (22 anos e 10 meses) e Evandro Wirganovicz (9 anos e 6 meses).

No final de 2021, a 1ª Câmara Criminal do TJRS considerou que houve quebra da paridade de armas durante o interrogatório do médico, anulando o seu julgamento.

Situação atual dos réus
O réu Leandro Boldrini está preso preventivamente desde 14/04/2014. Graciele Ugulini segue presa e tem previsão para progressão de regime para o semiaberto em 09/07/2026. Edelvania Wirganovicz está atualmente em regime semiaberto. E Evandro Wirganovicz está em regime semiaberto, atualmente em livramento condicional.

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