Justiça
Foto: Arquivo Pessoal

Familiares do engenheiro Gustavo do Amaral, 28 anos, entraram com pedido junto ao Ministério Público de reabertura do inquérito sobre a morte dele, ocorrida no dia 19 de abril de 2020 no município de Marau.

Gustavo foi atingido por dois tiros quando se deslocava, junto com colegas de trabalho, pela avenida perimetral, e se deparou com uma ação policial que tinha o objetivo de prender dois bandidos que haviam roubado um veículo em Casca. O inquérito foi arquivado em setembro do ano passado, depois que o MP entendeu que os policiais envolvidos na ação agiram em legítima defesa. O policial teria confundido um celular na mão de Gustavo com uma arma e efetuou os disparos.

Segundo o irmão gêmeo da vítima, Guilherme Amaral, a família contratou uma perícia particular de São Paulo que apontou algumas contradições em relação ao inquérito da Polícia Civil de Marau. “Como sabíamos que o inquérito da Brigada Militar também apresenta contradições em relação ao inquérito da Polícia Civil, optamos em pedir a reabertura do processo”, explicou.

Sempre que aparecem fatos novos, ou diferentes dos apontados no inquérito, há possibilidade de reabrir o processo. “O perito que contratamos, apontou divergências, e com isso, queremos que sejam feitas novas diligências”, explicou.

No começo da tarde desta terça-feira (20), familiares de Gustavo estiveram reunidos com o Procurador Geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, para entregar a documentação com o pedido de reabertura do caso. “Ele tem que ser reaberto”, enfatizou Guilherme.

Para ele, essa mobilização, não é apenas pelo Gustavo, mas para não abrir precedentes. “Sabemos que o Gustavo não vai voltar, mas essa situação pode se repetir com qualquer pessoa. Isso não pode se tornar comum. O Gustavo é um caso excepcional que está sendo divulgado, mas nós imaginamos quantos casos que acontecem que não tem a mesma divulgação, e foram esquecidos”, comentou. O irmão da vítima ainda enfatizou que toda a família acredita no trabalho da Polícia Civil e da Brigada Militar, mas também acredita que há pessoas que estão dentro das instituições que acabam manchando a imagem da corporação.

Com informações de O Nacional- ON