O homem de 33 anos acusado de matar a adolescente Brenda da Rocha Carvalho, de 14 anos, em setembro de 2019, foi condenado a 52 anos de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e feminicídio. O julgamento foi na quinta-feira, 25, em Santa Rosa do Sul, no Sul catarinense.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catariana (TJSC), o acusado, que tinha sido namorado da mãe da vítima, foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de feminicídio.
” O Conselho de Sentença, formado pelos jurados, reconheceu a qualificadora de motivo torpe haja vista que a investigações apontaram que o crime foi cometido por vingança contra a genitora da vítima”, informou o TJSC.
O tribunal do júri foi na Câmara de Vereadores da cidade para evitar aglomeração em razão da pandemia. Após a decisão, o homem foi encaminhado ao Presídio Regional de Araranguá, onde está desde a época do crime.
Segundo o delegado, que ficou responsável pelo caso na época, Lucas da Rosa, o suspeito foi namorado da mãe da vítima e disse que cometeu o assassinato por ciúmes.
“Tinha ciúmes da mãe da menina, disse que poderia ter traído ele. Resolveu descontar na filha dela”, relatou o delegado na época.
Brenda foi encontrada morta em Passo de Torres, no Sul catarinense, em 14 de setembro de 2019. Ela levou mais de 60 facadas, segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP). O suspeito foi preso três dias depois. Ele chegou a ir no velório da vítima, conforme Rosa.
A adolescente era aluna do 7º Ano da Escola de Educação Básica Municipal Nivaldo Rocha.
Jovem tentou se defender
Brenda foi vista pela última vez por volta das 17h de sexta-feira (13), ao sair de uma manicure na cidade de Maracajá, no Sul de Santa Catarina, onde morava. O corpo foi encontrado no sábado (14) pela manhã, em uma plantação de eucaliptos em Passo de Torres, cidade que a 70km, com diversas marcas de faca e sem parte das roupas.
De acordo com o Instituto Geral de Perícia, a vítima foi atingida pelas costas, chegou a reagir e tentar se defender algumas vezes, mas não resistiu aos golpes de faca, segundo as investigações. Nos exames feitos pelo instituto, não houve sinais de violência sexual.
G1 SC