Justiça
Foto: EBC/Ilustração

O brigadiano Edelmiro de Mendonça Furtado foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado por duplo homicídio e formação de milícia na área rural de Piratini (Sul gaúcho), em março de 206. Ele também teve a perda da função pública decretada. Já seu irmão e cúmplice Armando Marcos recebeu pena de 17 anos e meio.

Ambos mataram a tiros os irmãos Hermínio e Horácio da Rosa Ávila dentro do veículo das vítimas, após perseguição de carro. Conforme as provas obtidas na investigação, os executores integravam uma milícia armada que realizava rondas e abordagens ilegais no Interior do município, sobretudo durantes os períodos da noite e madrugada.

Os homens mortos pela dupla voltavam de uma jornada de serviço no campo quando foram interceptados pelo policial militar (à paisana) e seu irmão. Eram trabalhadores e sem envolvimento com atividades criminosas, mas acabaram trucidados.

Mudança

A sessão foi realizada em Pelotas (também na Região Sul do Estado), por “desaforamento” – quando um processo é transferido de um foro para outro. Edelmiro e Armando já haviam sido condenados à cadeia em 2020, no mesmo júri que absolveu outros dois réus, a pedido do Ministério Público gaúcho.

Mas o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (MP-RS) acabou acolhendo recurso apresentado pelos advogados de defesa dos réus. Esse primeiro desfecho foi então anulado, o que exigiu a realização de um novo julgamento.

O promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que já havia participado dos trabalhos no Plenário naquela ocasião, voltou a atuar na acusação. Ele contou com a assistência dos advogados Marcial Lucas Guastucci e Rodnei Gallo Flores. A sessão foi acompanhada presencialmente pelas viúvas e filhos das vítimas, além de moradores de Piratini.

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O Sul