Justiça
Foto: MP RS/Divulgação

Na próxima segunda-feira, 24 de março, uma professora acusada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai a júri em São José do Ouro, no norte do Estado. Ela e mais três executores do crime serão julgados pela morte de Célio Miola, fato ocorrido em 27 de fevereiro de 2022. A mulher é apontada como mandante do homicídio qualificado. Um dos réus responde ao processo em liberdade e os demais estão presos.

Conforme a denúncia do MPRS, três criminosos de fora da cidade, contratados pela acusada, se passaram por pessoas interessadas em móveis, entraram na casa da mulher e simularam um assalto. Ela havia convidado a vítima para um café da manhã, dois dias depois de terem terminado o relacionamento. Célio Miola foi obrigado a ficar de joelhos, no banheiro da casa. Foi-lhe retirada a carteira e o telefone celular, exigida a senha deste, a qual foi anotada na mão da ex-companheira/mandante e, uma vez desbloqueado o aparelho, foi por ela determinada a imediata execução do companheiro, com um tiro na nuca e outro no ombro. Ela prometeu pagar R$ 3 mil para cada um dos executores.

Os quatro criminosos foram presos no mesmo dia. A motivação do crime está ligada ao descontentamento da ex-companheira da vítima com o término da relação. Os quatro réus serão julgados por homicídio qualificado por motivo fútil, mediante promessa de pagamento, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime conexo de porte ilegal de arma de fogo. A denúncia do MPRS foi oferecida pelo promotor de Justiça Damasio Sobieskiak, que também atuará em plenário designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição. A acusação também será feita pelo promotor de Justiça Rodrigo Bley Santos, atual titular da Comarca.

“O delito impactou profundamente a comunidade, em face da brutal execução da vítima, depois de ter sido colocada de joelhos, no banheiro da casa de sua ex-companheira, após ser atraída por ela, a pretexto de comer uma torrada. A acusada permeou momentos de choro fingido e risadas, durante a ação de execução. Mas o MPRS espera que haja exemplar condenação, tanto da mandante quanto dos executores”, disse o promotor Damasio Sobiesiak.

“Esse é um caso de homicídio mercenário que chocou a todos em vista da crueldade e da premeditação do crime. Chocou ainda o fato de os executores do crime serem de fora e terem vindo para cá exclusivamente para tirar a vida de um cidadão da cidade de São José do Ouro, que tinha aqui sua família, seus amigos, seus contatos. No dia 24 vamos trabalhar para a condenação dos quatro réus em defesa da sociedade, como é a vocação do Ministério Público”, destacou o promotor Rodrigo Bley Santos.

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MP RS