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Formação de lagos no Saara vistos por meio de imagens aéreas. Foto: AP

O deserto do Saara, um dos lugares mais secos do mundo, registrou inundações em algumas áreas após tempestades nas últimas semanas. Os temporais deixaram água acumulada em meio às palmeiras e dunas na região.

O local raramente recebe chuvas no verão e precipitações do tipo não eram vistas no deserto há décadas. As tempestades, classificadas por meteorologistas como uma tempestade extratropical, devem mudar o clima na região nos próximos meses.

O deserto registra menos de 250 milímetros de chuva por ano e em alguns pontos não passa de uma dezena de milímetros anualmente. Em setembro, no entanto, dois dias com o fenômeno fizeram a taxa disparar. Em Tagounite, vilarejo a cerca de 450 quilômetros ao sul de Rabat, capital do Marrocos, houve uma precipitação de mais de 100 milímetros em um período de 24 horas.

As tempestades ocorreram após seis anos consecutivos de seca, que fizeram com que autoridades marroquinas tivessem que determinar o racionamento de água. As chuvas devem ajudar a abastecer reservatórios da região que fornecem água às comunidades no deserto.

Apesar do abastecimento de aquíferos subterrâneos, não se sabe se as chuvas de setembro ajudarão a aliviar a seca na região a longo prazo. As tempestades também deixaram ao menos 20 mortos no Marrocos e na Argélia, além de danificar a distribuição de água potável e a infraestrutura de estradas e de rede elétrica.

A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, já havia identificado um aumento na vegetação e na umidade do deserto no fim do mês passado após as chuvas.

Veja imagens da região após as chuvas de setembro:

Tempestades reativaram o lago Iriqui, seco há décadas no Saara. Foto: AP
Alagamento em meio a palmeiras no deserto do Saara. Foto: AP
Homem celebra acúmulo de água no Saara. Foto: AP
Veículo em área inundada por chuvas históricas no deserto. Foto: AP

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DCM