Polícia
Foto: IGP/Divulgação

Deise Moura dos Anjos, suspeita de matar três pessoas da família do marido com um bolo envenenado com arsênio em Torres, recebeu a substância pelo correio. A informação foi confirmada pelo chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré nesta terça-feira (28), em entrevista à Rádio Gaúcha.

Segundo a polícia, a assinatura da suspeita foi encontrada no comprovante de entrega de uma encomenda de arsênio pela internet, em que ela constava como receptora. Dados fornecidos pelos Correios confirmaram a ligação.

No início do mês, a polícia havia descoberto que Deise pesquisou pelo veneno na interne, com termos como “arsênio veneno”, “arsênico veneno” e “veneno que mata humano”. Foi a partir desta descoberta que os dados foram solicitados aos Correios.

A corporação ainda solicitou, na segunda-feira (27), a prorrogação por mais 30 dias da prisão temporária de Deise, presa desde 5 de janeiro. A solicitação se baseia no entendimento de que “a liberdade de Deise coloca em risco a obtenção das provas”. O Judiciário ainda analisa o pedido.

Segundo a investigação, o principal alvo de Deise era Zeli dos Anjos, a sogra dela, que foi quem preparou o bolo com a farinha envenenada por arsênio. Ela chegou a comer duas fatias do doce e sobreviveu.

Zeli e o marido de Deise, Diego Silva dos Anjos, prestaram depoimentos no último dia 20, e não são mais investigados no caso.

Além das vítimas após ingerir o bolo, Deise também é suspeita de ter provocado a morte do sogro, que morreu por envenenamento em setembro do ano passado. À época, o óbito foi justificado por intoxicação alimentar.

Relembre

Em 23 de dezembro do ano passado, seis pessoas da mesma família precisaram de atendimento médico após comerem fatias de um bolo de reis em Torres, no Litoral Norte. Três delas morreram.

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