O desaparecimento de um menino de 11 anos, em Planalto, no Noroeste do RS, faz lembrar outro caso de grande repercussão envolvendo uma criança, também da mesma idade, que aconteceu em abril de 2014 em Três Passos, cidade distante 147 quilômetros, e que ficou conhecido nacionalmente como o Caso Bernardo.
Neste sábado, 23, o sumiço de Rafael Mateus Winques, que saiu de dentro de casa sem ser vista pela mãe e o irmão, de 16 anos, na madrugada do dia 15, entrou na segunda semana envolvido em um grande mistério.
As buscas pelo garoto são feitas pela Polícia Civil, que investiga o caso, e por moradores da cidade de 10 mil habitantes, com apoio da Perícia Técnica de Passo Fundo, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.
Na tarde da segunda-feira, 18, o Corpo de Bombeiros de Palmeira das Missões e a Brigada Militar auxiliaram nas buscas, com a ajuda de cães farejadores, em uma mata que fica próxima a casa da família, mas não foram encontrados vestígios do menino.
Na noite de sexta-feira, 22, duas residências e um veículo foram periciados. Os peritos fizeram exames presuntivos para detecção de sangue (luminol). O trabalho dos profissionais durou cerca de 3 horas. Conforme os peritos, o resultado oficial deverá ficar pronto em 30 dias.
Segundo a polícia, a mãe disse que deixou a criança no quarto para dormir e quando acordou, no dia seguinte, ele não estava mais no local, a cama estava desarrumada e a porta da casa encostada. O local não tinha sinais de arrombamento. O pai do menino mora em Bento Gonçalves e já prestou depoimento em Planalto.
A polícia realiza diversas diligências para tentar localizar o menino que era tranquilo, gostava muito de jogos, celular, um menino normal como qualquer pré-adolescente. O celular de Rafael foi deixado em casa e também periciado. Câmeras de vigilância de estabelecimentos da cidade também foram verificadas.
Qualquer informação sobre o paradeiro do menino pode ser repassada pelo número (55) 37942050 ou (55) 99696-1574.
Relembre o Caso Bernardo
Bernardo Uglione Boldrini foi morto em 4 de abril de 2014, após desaparecer em Três Passos. O corpo da criança somente foi encontrado dez dias depois, em uma cova vertical, à beira de um riacho, no interior do município de Frederico Westphalen, distante cerca de 100 quilômetros.
Laudos periciais atestaram a presença de midazolam no estômago, rim e fígado da vítima. Os réus, Leandro Boldrini (pai), Graciele Ugulini (madrasta), e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz responderam por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica (Leandro). Todos foram condenados.
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