O laudo de necropsia do corpo da dentista Bárbara Machado Padilha, 32 anos, apontou que a causa da morte foi overdose. À frente do caso, o delegado de Tupanciretã, Adriano de Rossi, afirma que o exame confirma a hipótese de suicídio.
A Polícia Civil não divulga o nome da substância. Bárbara desapareceu em 10 de outubro, e o corpo foi localizado quatro dias depois em uma área de mata fechada às margens da BR-158 em Santa Maria, na região central do Estado.
Antes mesmo do resultado do laudo, a polícia já tinha a informação de que Bárbara pudesse ter usado uma substância para tirar a própria vida. Investigadores também já sabiam que a dentista não havia ingerido bebida alcoólica, não tinha sinais de violência e nem foi vítima de estupro.
Antes de encerrar o inquérito, a investigação quer ter acesso ao conteúdo da última mensagem de texto escrita por Bárbara. Após enviar o SMS, ela teria recebido uma resposta. O diálogo teria sido com uma empresa. O telefone da dentista não foi encontrado.
— Acreditamos que não tenha nada a ver com a motivação, mas como foi o último ato dela com vida, quero ver o teor da mensagem. Estamos esperando decisão judicial que obriga a empresa a nos fornecer essa informação — diz o delegado.
Segundo a apuração, Bárbara saiu de casa no dia 10 de outubro, em Tupanciretã, somente com dinheiro e celular. Foi vista pela última vez em um posto de combustíveis no acesso a Santa Maria. Imagens de câmera de segurança mostram que ela entra em uma loja de conveniência, usando máscara, sozinha e aparentemente tranquila.
A dentista pagou em dinheiro por uma água mineral e um doce. Ela permaneceu no local por cerca de 20 minutos e saiu do estabelecimento às 19h53min. Depois disso, não foi mais vista.
Conforme a polícia, a dentista caminhou 600 metros pela BR-158, em direção a Itaara, e entrou na mata. A partir dali, andou mais 300 metros, e foi nesse local que cães farejadores do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo de Bárbara na tarde de 14 de outubro.
GZH