Polícia
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres chegou ao Brasil na manhã deste sábado (14) para se entregar à Polícia Federal.

A prisão de Torres foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após os atos em Brasília, em 8 de janeiro.

Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF por radicais que defendem um golpe para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha atuado para facilitar a ação dos manifestantes. O ex-ministro nega.

Ele estava em Miami, nos Estados Unidos, e comprou passagem usando apenas os dois primeiros nomes, Anderson Gustavo.

A prisão de Torres foi determinada na terça-feira (10), por Moraes. A decisão foi depois confirmada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Logo após a decisão se tornar pública, Torres disse, pelas redes sociais, que se entregaria.

Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal depois de deixar o Ministério da Justiça, com o fim do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele foi nomeado por Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF que também foi afastado do cargo pela Justiça após os atos terroristas de bolsonaristas em Brasília.

Torres era o responsável pelo comando da segurança pública do DF quando a depredação de 8 de janeiro aconteceu. O então comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto Vieira, também teve a prisão decretada por Moraes e já se entregou.

Inocência

Horas após os atos em Brasília, na madrugada do dia 9 de janeiro, Anderson Torres se pronunciou pelas redes sociais e repudiou os ataques e negou conivência com os vândalos.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu.

O Sul