Polícia
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De acordo com a Polícia Civil, a mãe da jovem que admitiu ter mandado matar o pai contou, em depoimento, que a filha foi responsável por buscar e levar de volta para casa o homem contratado para execução em Segredo, no Vale do Taquari.

Ex-esposa da vítima, Hulda Lopes de Souza admitiu à polícia que tinha conhecimento do plano para execução de José Darício Lopes. Ela foi presa preventivamente na quinta-feira (4).

O G1 tenta contato com o advogado de defesa dos suspeitos. Jorge Luiz Pohlmann, que fazia a defesa de Kalinca Lopes e do namorado João Ricardo Prestes informou que “a partir da prisão da esposa da vítima, Hulda Maria, como coautora dos homicídios, renunciei a defesa de Kalinca, pois não houve por parte de ambas reciprocidade de confiança nas informações do caso”.

De acordo com a delegada Graciela Foresti Chagas, a ex-mulher afirmou que a partilha do patrimônio era uma preocupação, desde a separação do casal, pois, segundo Hulda, a vítima afirmava que ela não teria direito por ter deixado o lar.

Kalinca, de 23 anos, e o namorado, João, estão presos desde a última sexta-feira (29).

Segundo afirmou a mãe, uma viagem de José Darício causou desconfiança e fez com que a filha desse continuidade ao planejamento da execução do pai – jovem contou em depoimento que planejava crime há dois meses.

“No final de semana que antecedeu a morte, a filha tomou conhecimento de que o pai havia ido a Região Metropolitana e, segundo a ex-mulher, esse teria sido um fato determinante. Ela teria ficado inconformada com o fato que ele poderia estar dilapidando o patrimônio que seria partilhado posteriormente. Então, diante dessa circunstância, teria dito que daria continuidade ao plano para matar o pai”, conta a delegada.

O indivíduo contratado teria cobrado R$ 5 mil para praticar o crime. José Darício Lopes, o pai, e Mazonde Rodrigues, um funcionário da propriedade da família foram executados, no dia 27 de maio.

Para polícia, a filha, Kalinca, afirmou que era a única beneficiária de um seguro de vida feito pelo pai no valor de R$ 500 mil, mas as investigações não encontraram nenhum contrato desse tipo até então.

“Nós verificamos até agora que existem alguns contratos agrícolas feitos com seguros embutidos, mas a existência ou não de um seguro de vida especificamente, ainda não está não está concluida. Nós aguardamos a reposta dos ofícios que foram enviados às agências bancárias, para que esclareça essa situação”, pontua a delegada Graciela.

O caso

José Darício Lopes, o pai, e Mazonde Rodrigues, um funcionário da propriedade da família foram executados em uma suposta tentativa de assalto no dia 27 de maio.

Logo no início da investigação, a polícia suspeitou da participação da filha de José Darício, Kalinca, que estava na casa no momento do suposto assalto.

A jovem confessou à polícia que planejou a morte do pai durante dois meses. Ela e o namorado, João Ricardo Prestes estão presos desde a última sexta-feira (29). A polícia busca um terceiro indivíduo que também teria participado do crime.

G1 RS