Não é de hoje que golpistas se aproveitam das vulnerabilidades da internet (Redes Sociais) para aplicar golpes em alguns desavisados.
A pouco menos de um mês, através de uma rede Social, um indivíduo, se passando por uma mulher, pediu para ser adicionado como amiga em uma conta particular de um de nossos administradores do Portal Celeiro de Notícias.
Ao verificar, o perfil desta conta, verificou-se que a mesma era muito estranha, com sua criação muito recente bem como suas postagens.
Foi então que nosso departamento de notícias, resolveu saber mais informações e após alguns dias, o perfil que ainda está no ar e chamado de “Mariana Mello” entrou em contato através do Inbox.
Depois de várias conversas, muitas vezes nas madrugadas, depois de troca de números de telefone, a conversa fora para o WhatsApp. Nele, a “mulher” se dizia sozinha, que morava em Santa Cruz do Sul/RS e estava no interior de Cerro Grande/RS na casa de sua avó, devido a pandemia, e que sua internet não era boa no local, o que segundo ela, justificava os horários na madrugada das conversas.
Não demorou muito, a “mulher” insistentemente pedia para enviar fotos íntimas, porém sem sucesso. No último sábado, eis que a mulher (ou o indivíduo), nos bloqueou no WhatsApp e no Facebook. Nada de anormal, contudo na manhã desta segunda, 08 de junho, fomos surpreendidos com várias ligações de um número desconhecido, sendo da área 51. Depois de algumas tentativas, resolvemos atender.
Do outro lado da linha, um indivíduo que ora dizia que era Inspetor de Polícia, ora dizia que era Delegado e Polícia. Fomos além conversando com o mesmo, onde simultaneamente recebemos via WhatsApp (Boletim de Ocorrência), muito mal elaborado, dizendo que o pai e mãe da vítima haviam registrado tal ocorrência como “Crime Virtual”. Ao mesmo tempo em que verificávamos a veracidade dos documentos, e ainda com o indivíduo na linha eis que para nossa surpresa o meliante nos faz uma proposta.
“Para resolver a situação e para que ele (Inspetor ou Delegado), não desse prosseguimento no Boletim de Ocorrência, deveríamos pagar o montante de R$ 5.510,00, referente ao telefone celular e computador que o pai da mulher havia quebrado”. Após várias pedidas de nossa reportagem, fora nos enviado o número da conta para efetuarmos o depósito, que logicamente não foi feito.
Nosso departamento de jornalismo, após consulta a Polícia Civil de nosso município, constatou que está sendo comum tais crimes de extorsão mediante chantagem.
Na maioria das vezes funciona assim: O meliante entra em contato com a vítima, através das redes sociais, onde vão criando laços “afetivos” durante as conversas. Em certo momento, depois de ter em mãos várias informações da vítima, o meliante solicita que a mesma envie fotos ou vídeos íntimos. Estando de posse das informações e principalmente das fotos e vídeos, começa a extorsão por dinheiro.
Em nosso caso, vínhamos monitorando as conversas desde o dia 24 de maio deste ano, até a referida extorsão.
Deve-se ressaltar que nenhum órgão de segurança, recebe benefícios para dar ou não prosseguimento a ocorrências registradas, muito menos Inspetores e Delegados de Polícia intermedeiam tais situações.
Fique atento, na dúvida entre em contato com a Delegacia de Polícia de Tenente Portela ou de seu município. Em Tenente Portela o telefone é o (55) 3551-1170.
No nosso caso, após orientação da Polícia Civil, registramos boletim de Ocorrência através da Delegacia On-line, no endereço: https://www.delegaciaonline.rs.gov.br.
Portal Celeiro