A Polícia Civil gaúcha realiza na manhã desta quarta-feira (10) uma operação contra um grupo criminoso especializado no golpe do falso parente. Os investigados abordavam as vítimas em conversas do WhatsApp se passando por familiares próximo delas e pedindo empréstimos.
São cumpridos nove mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em Goiás, de onde a organização articula o esquema. A 3ª Delegacia de Canoas passou a investigar o caso a partir de uma vítima que mora na cidade. A Operação Máscara realizou ainda o bloqueio das contas bancárias dos nove alvos. Três pessoas foram presas até o momento.
Essa pessoa perdeu R$ 10 mil ao realizar diversos depósitos para os golpistas pensando se tratar do seu filho. Ao longo das investigações, foram identificadas outras oito vítimas de diferentes Estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Sergipe, Bahia e Maranhão.
Os golpistas tinham acesso a fotos de parentes das vítimas e faziam contato dizendo que tiveram de trocar de número, alegando urgências como celular quebrado, carro estragado ou conta bloqueada. Na sequência, pediam ajuda financeira. Geralmente, os criminosos se passavam por pessoas próximas, como filhos e sobrinhos.
Segundo a delegada Luciane Bertoletti, apesar de se tratar de um golpe já conhecido, o esquema tinha como diferencial a forma como os criminosos solicitavam os repasses:
— Nós identificamos um golpe mais sofisticado. Os golpistas mandavam boletos, não solicitavam Pix. Eles enviavam boletos direcionados a fintechs (bancos digitais), que com certeza são mais verídicos. E a vítima acabava entendendo que o parente precisava do dinheiro, acabava fazendo o pagamento desses boletos em lotéricas.
Além de dar mais veracidade ao caso, o uso de bancos digitais dificulta o rastreio dos valores. A polícia identificou uma estrutura bem definida, com diferentes funções ocupadas pelos alvos, desde os que faziam o primeiro contato com as vítimas, quem recebia inicialmente as transferências, os que distribuíam o dinheiro para outras contas bancárias e até os titulares das contas nos bancos digitais.
— O prejuízo vai muito além do financeiro, que sempre há um valor bem expressivo. Mas o prejuízo é emocional, de ter realmente caído num golpe — complementa a delegada.
A operação conta com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas, da Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), da Polícia Civil de Goiás e da Polícia Civil de Mato Grosso. Cerca de 80 policiais civis foram mobilizados nos três Estados.
Gaúcha ZH
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