Bitello e Maria Liciane foram as vítimas de Arnoldo, condenado nesta segunda-feira a 32 anos de reclusão. Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
O homem acusado de ter matado uma irmã e um cunhado a facadas em Capela de Santana foi condenado nesta segunda-feira (29), mais de dois anos depois do crime. Arnoldo Stroher Neto recebeu a pena de 32 anos e um mês de reclusão, em regime inicialmente fechado. Conforme a decisão do juiz Franco Lemos Bertuzzi, da comarca de Portão, o réu deve permanecer em prisão preventiva e não poderá recorrer em liberdade.
Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil do cunhado, Lucas Rieth Bitello. A construção de uma cerca entre as casas da família motivou uma discussão entre Arnoldo e o Lucas. Maria Liciane Stroher, irmã de Arnoldo, também sofreu golpes de faca ao tentar conter as agressões e morreu.
O crime aconteceu em 14 de janeiro de 2022 na chácara onde toda a família morava. O terreno era dividido entre as casas dos irmãos Arnoldo (condenado), Maria Liciane (uma das vítimas), Luciane e Lusiane, que vivia com o marido Lucas, também morto. Além deles, lá moravam os pais dos quatro irmãos.
Luciane Stroher, irmã do réu e de Maria Liciane, contou que o pai deles morreu no ano passado, ainda em meio à dor da perda:
— O pai faleceu de tristeza, em julho. Teve um infarto fulminante, chorava dia e noite, perdeu a vontade de viver. A mãe vive abaixo de remédio. Ainda é muito difícil.
Luciane disse que a família não quis manter contato com Arnoldo. Segundo Luciane, não havia histórico de violência ou brigas na família, mas, segundo ela, o irmão era uma pessoa “difícil de lidar”.
— Ele odiava o time rival e o político da oposição. A gente tinha medo que ele brigasse na rua, que machucasse algum estranho, mas a gente nunca imaginou que as vítimas seriam a gente — relata.
Era uma manhã de sexta-feira quando alguém escreveu no grupo de WhatsApp da família que Arnoldo estava “desaforando” o cunhado Lucas. O estopim para a revolta de Arnoldo teria sido a construção de uma cerca, segundo Luciane. A esposa de Lucas teria pedido para o marido erguer a cerca entre a casa deles e a de Arnoldo, para evitar que uma vaca do irmão derrubasse um poste.
O animal, criado pelo acusado, costumava enrolar a corda que o amarava em um poste de luz de madeira muito próximo à casa de Lusiane e Lucas. A mulher temia que o vergalhão caísse em cima da residência.
Lucas atendeu o pedido, irritando o cunhado. Luciane conta que Arnoldo teria pego uma faca, sem que ninguém percebesse. Por ali estavam Arnoldo, a mãe e Lucas, com os filhos – duas meninas gêmeas de 12 anos e um menino de seis.
Uma das gêmeas saiu para chamar a avó, para que ela controlasse Arnoldo. Lucas permaneceu dentro da casa, para evitar confrontos, até que a filha voltou com a avó e ele julgou seguro ir para fora. Quando saiu, o cunhado o teria esfaqueado várias vezes.
Já Maria Liciane chegava com o filho de 10 anos. Desesperada, segurou o irmão pelas costas. Em depoimento, o próprio acusado contou que não viu quem o segurou, mas, mesmo assim, golpeou a pessoa.
Liciane foi atingida no abdômen. Lucas teve ferimentos graves no abdômen, peito e pescoço, além de diversos cortes nas mãos, que tentou usar para se defender.
Após o ataque, o próprio Arnoldo ligou para a Brigada Militar, confessando o crime. Os familiares chamaram socorro. Lucas morreu no local. Liciane chegou a ser levada para o Hospital Montenegro, onde foi submetida a uma cirurgia, mas também não resistiu aos ferimentos.
Lici, como Maria Liciane era conhecida, era dona de casa, apaixonada por crianças, pelos sobrinhos.
— Fazia pizza e cachorro-quente e colocava no grupo da família: “vem criançada”. Amava festa, sempre disposta, para ela não tinha tempo ruim — conta Luciane.
Lucas era vigilante da prefeitura, assim como o cunhado Arnoldo. Luciane conta que foi Lucas quem pagou para Arnoldo fazer o concurso público, no qual passaram juntos. Ela define o cunhado falecido como “um cara da paz.”
— Era uma pessoa prestativa, era bombeiro voluntário. Dizia sempre que a família estava ali para se ajudar. Nunca gritou com nenhuma criança, nenhum adulto — diz Luciane.
Receba as notícias do Três Passos News no seu celular:
https://chat.whatsapp.com/LcUkJiPfFhlIDqww4qC7Wn
Gaúcha ZH
Um acidente grave registrado na noite deste domingo de Páscoa (20) resultou na morte de Leandro…
O encerramento do feriado de Páscoa provocou grande movimento de veículos na manhã desta segunda-feira,…
Conheça 4 cortes modernos que valorizam os cabelos grisalhos em 2025 e garanta um visual…
Uma mulher de 35 anos, passageira de um Fiat Línea, que ficou gravemente ferida em…
Se você está pensando em comprar impressora Samsung, saiba que as versões multifuncionais da marca…
Nesta segunda-feira, 21, dia de Tiradentes, tem previsão de tempo seco ainda frio com mais…
This website uses cookies.