Polícia
Foto: Reprodução

A Polícia Civil ainda procura pelo homem, de 54 anos, apontado como autor do golpe que matou um colega de trabalho dentro de uma empresa de São Leopoldo, no Vale do Sinos, na manhã de segunda-feira (6). Nesta terça (7), agentes da Delegacia de Homicídios estiveram no local para ouvir funcionários e responsáveis que trabalhavam no momento do fato.

Imagens de uma câmera de segurança da empresa mostram a vítima, Marcelo Camillo, 36 anos, logo após ter sido atingido. Na gravação (assista acima), é possível ver o funcionário caminhando enquanto leva as mãos ao peito.

Camillo chegou a ser encaminhado ao hospital, mas sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. Nesta terça-feira, foi esclarecido que o instrumento usado no crime é uma ferramenta para cortar vinil e que era costumeiramente utilizada pelos funcionários.

— Essa informação nos leva a crer que foi um crime de ocasião. Ele (o autor da agressão) pegou um objeto que estava à disposição. Não teria sido premeditado — disse o titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Leopoldo, delegado André Serrão.

— A gente pode perceber, pelo que a gente pôde apurar, que as pessoas demoram um pouco, têm um lapso para entender o que de fato estava acontecendo. O próprio autor, ele tem um lapso ali para entender o que tinha acabado de cometer. Depois que ele dá a estocada na vítima, ele vai ao banheiro, depois ele retorna com o instrumento lavado e joga ali sobre a bancada — acrescentou Serrão.

O autor do golpe contra Camillo fugiu a pé. Além de irem à sede da empresa, a Sulcromo, nesta manhã, policiais realizaram buscas em locais onde o homem poderia estar, mas ele não foi encontrado.

A assessoria da Sulcromo afirma que os dois envolvidos exerciam a mesma função. O delegado apurou, contudo, que pelo fato de o suspeito estar na empresa há 20 anos e a vítima há dois anos e meio, havia uma espécie de grau hierárquico entre eles.

Sobre o motivo para o crime, Serrão diz que já havia relato de discussões entre os dois, inclusive com ameaças. Além disso, conforme o investigador, algumas “brincadeiras” não teriam agradado o funcionário mais velho.

— Queremos esclarecer se o fato de tomar o café (fora do horário combinado) foi o motivo. Parece que isso teria sido apenas o estopim — afirmou.

A Sulcromo, que é especializada em revestimentos metálicos, destacou que trabalha com horários para a realização de refeições e intervalos e que não há qualquer tipo de restrição aos funcionários. A empresa decretou luto oficial e suspendeu as atividades nesta terça.

O corpo de Marcelo Camillo foi liberado do Instituto Médico-Legal (IML) e está sendo levado para o município de Segredo, no Vale do Rio Pardo, onde será sepultado.

A Polícia Civil pede que quem tiver informações sobre o paradeiro do suspeito do crime denuncie de forma anônima pelo telefone 0800-642-0121, pelo WhatsApp (51) 98585-6111 ou pelo site da corporação.

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Gaúcha ZH