A Polícia Civil de São Pedro do Sul, município vizinho a Santa Maria, na região central do estado, instaurou um inquérito para investigar a morte de um bebê de 11 meses, ocorrida na manhã desta sexta-feira (29) no Pronto Atendimento Municipal da cidade. A suspeita é de que a mãe estaria administrando medicamentos ao filho para fazê-lo dormir enquanto saía à noite, conforme denúncia registrada por uma testemunha no final de outubro, seguindo orientações do Ministério Público.
De acordo com as informações apuradas com exclusividade pelo Bei, o Conselho Tutelar foi informado na manhã desta sexta, pela própria mãe, de que a criança havia falecido na unidade hospitalar. A Polícia Civil foi notificada e solicitou que o corpo fosse encaminhado para exame de necropsia, que apontará a causa da morte.
Além do filho de 11 meses, a mulher, de 35 anos, já havia perdido outros dois filhos pequenos em menos de um ano: um menino de 3 anos e uma menina de quase 2. Essas mortes anteriores levantaram ainda mais suspeitas sobre a segurança das crianças e a responsabilidade da mãe. A Polícia Civil não descarta pedir a exumação dos corpos das outras crianças para determinar as causas das mortes.
A reportagem entrou em contato com a conselheira tutelar que estava de plantão na manhã desta sexta-feira. Segundo a profissional, que pediu para não ser identificada, a morte do menino foi comunicada pela mãe e pelo médico plantonista. A conselheira afirmou que, desde a denúncia recebida no final de outubro, o caso tem sido acompanhado pelo Conselho Tutelar, que também acionou o Ministério Público.
O médico plantonista do Pronto Atendimento Municipal relatou ao Bei que o bebê chegou à unidade por volta das 8h10min desta sexta, levada pela mãe. Ao chegar, apresentava-se pouco responsiva, extremamente desidratada e com alterações nos sinais vitais. A equipe médica iniciou imediatamente os cuidados de estabilização na sala vermelha, incluindo hidratação e administração de antitérmico. Durante o processo, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória. Foram realizadas manobras de reanimação por 32 minutos, mas não houve resposta às intervenções.
Criança faria tratamento de saúde
A mãe informou que o filho estava em investigação no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) por suspeita de doença neurológica, devido a um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Entretanto, nenhum documento que comprovasse essa informação foi apresentado. Também foi registrado um episódio de gastroenterite em julho de 2024, que resultou em atendimento médico no Husm.
O delegado Giovanni Lovato, titular da Delegacia de Polícia de São Pedro do Sul, declarou que, por enquanto, não se manifestará sobre o caso, pois aguarda o laudo da perícia para determinar a causa da morte da criança. Nos próximos dias, a mãe e outras pessoas serão ouvidas para esclarecer os fatos.
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