A Polícia Civil concluiu que o motorista de 72 anos, que arrastou o corpo de Angélica Schena, 28 anos, por mais de 1 quilômetro em Caxias do Sul, teve a intenção de matá-la. A investigação foi concluída nesta terça-feira (7), quando o idoso foi indiciado por homicídio doloso qualificado por meio cruel. O delegado Caio Márcio Fernandes, no entanto, preferiu não divulgar detalhes da investigação e das provas colhidas em razão de um pedido da defesa que o processo tramite em segredo de Justiça. A decisão é uma precaução, afinal, o pedido de sigilo ainda está em análise pelo Poder Judiciário.
A conclusão policial é diferente da versão inicialmente relatada pelo advogado de defesa, Lucas Mohr, que argumentou que o motorista apenas se assustou com a abordagem de Angélica, pois acreditou se tratar de um assalto, e não percebeu que ela ficou presa ao veículo. No entendimento da defesa, o crime seria homicídio culposo, e não doloso, pois o idoso não teria a intenção de matar a mulher. Sobre a conclusão do inquérito policial, Mohr disse respeitar o trabalho de investigação da polícia.
Angélica Schena foi morta na noite de 27 de outubro, quando seu pé ficou preso em Gol na Rua Bento Gonçalves. A mulher foi arrastada em alta velocidade por mais de 1km, até colidir contra outro veículo que estava estacionado em frente a um posto de combustíveis. No trajeto por mais de três quarteirões, diversas testemunhas tentaram alertar o motorista sobre a vítima presa ao veículo, mas ele prosseguiu em fuga arrastando a mulher.
Com a conclusão policial, o inquérito foi remetido ao Ministério Público que irá analisar as provas e decidir pela denúncia. Na semana passada, a promotora Graziela Vieira Lorenzoni já havia representado pela prisão preventiva do suspeito. Ele chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, mas teve liberdade provisória concedida três dias depois.
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Gaúcha ZH