Polícia
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A Polícia Civil acredita que o alvo de um ataque a tiros na noite de quinta-feira (4) em Araricá, no Vale do Sinos, era Adair Silva, 31 anos. A namorada dele, Karuel Barbosa, 25 anos, teria sido morta porque estava na companhia dele no momento. O casal foi executado com pelo menos 79 disparos, dentro de um apartamento. A suspeita é de que o crime esteja vinculado ao tráfico de drogas.

Ao contrário do namorado, a jovem não tinha antecedente criminal. Familiares relataram à polícia que Karuel não residia no apartamento e, sim, no município de Campo Bom, também no Vale do Sinos. Mas costumava ir a Araricá para visitar o namorado. Adair tinha como antecedente uma prisão por por porte ilegal de arma de fogo.

No Instagram, Karuel mantinha um perfil com cerca de 70 mil seguidores — após o crime, o número aumentou para 93 mil. Há três semanas, a jovem fez uma publicação na rede social agradecendo o número de pessoas que acompanhava suas postagens. Pela internet, a jovem mostrava sua rotina, que incluía série de treinos na academia e alimentação saudável.

A jovem trabalhava como garçonete, mas também atuava como modelo. De longos cabelos pretos, costumava dar dicas sobre beleza e alimentação nas redes sociais. Karuel atuava em seu perfil no Instagram como digital influencer, indicando lojas de roupas que costumava frequentar e postando fotos e vídeos. Também costumava publicar imagens ao lado do namorado Adair.

O corpo de Karuel foi sepultado na manhã deste sábado, em Campo Bom, no Cemitério Municipal. Já o enterro de Adair foi realizado em Sapiranga, município de onde ele era natural.

Imagens

Na noite de quinta-feira, Karuel e o namorado estavam na sala do apartamento, jogando videogame, quando os criminosos invadiram o local. Segundo o delegado Fernando Branco, os bandidos chegaram a conversar por cerca de um minuto com o casal antes de começar a atirar. Na sequência, foram pelo menos 79 tiros de diversos calibres, inclusive de fuzil.

O delegado preferiu não detalhar quais são os próximos passos dessa investigação, para não atrapalhar o andamento do caso. Mas confirmou que a Polícia Civil já conseguiu obter imagens de câmeras de segurança que estão sendo analisadas para tentar chegar aos autores do crime e que mantém a linha de investigação de execução vinculada ao tráfico de drogas. Por enquanto, ainda não há suspeitos identificados.

GZH