Polícia
Foto: Fernando Ramos / Formigueiro REAL/Divulgação

Quatro pessoas foram indiciadas pelo assassinato de Zilda Correa Bittencourt, 58 anos, que teria sido espancada e amarrada a uma cruz dentro de um cemitério, em um suposto ritual religioso, no último dia 10, em Formigueiro, na região central do Estado. A Polícia entendeu que o caso se trata de homicídio qualificado — por motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu ou dificultou a defesa da vítima.

Os quatro envolvidos estão presos. Um deles é Francisco Guedes, 65 anos, apontado como líder de um centro religioso na localidade de Passo do Maia. Os demais são os irmãos Nayana Rodrigues Brum, 33, e Larry Chaves Brum, 23, e o pai deles, Jubal dos Santos Brum, 67. Confira abaixo o posicionamento das defesas.

O laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) indica que Zilda morreu em razão de ferimentos por instrumento contundente, durante o que seria um ritual, segundo a polícia. De acordo com a investigação, Zilda acreditava estar sendo atormentada por uma entidade maligna e teria procurado o centro religioso para se submeter a um ritual para se libertar de um espírito.

Moradora de Restinga Seca, município a cerca de 30 quilômetros de Formigueiro, a vítima viajou com a família até a cidade para que a sessão. Após as agressões, Zilda foi levada ao hospital já desacordada, onde foi constatada a morte no início da madrugada de sábado,  10 de fevereiro.

Contrapontos

Francisco Guedes
O advogado Ariel Cardoso, que atende Francisco Guedes, reafirmou que o cliente não teve ligação com a morte:

— Nós continuamos confiando na defesa do Francisco. Um senhor de 65 anos, com CID (código para problemas de saúde) de desnutrição, fraco, com 30kg abaixo de seu peso ideal, não tem capacidade de machucar alguém. Fisicamente, é impossível que ele consiga causar tantas lesões para matar uma pessoa.

Cardoso disse ainda que aguarda as próximas etapas do procedimento, na Justiça, para que a defesa do indiciado possa se manifestar:

— Todos os elementos produzidos pela Polícia Civil precisam ser confirmados dentro do processo criminal. Tudo que foi produzido pela instituição é elemento informativo, prova unilateral e não tem ampla defesa nem contraditório. A gente aguarda que essas provas passem pelo crivo do contraditório, para aí então poder estabelecer a defesa do Francisco.

Nayana Rodrigues Brum, Larry Chaves Brum e Jubal dos Santos Brum
Os três são atendidos pelas advogadas Márcia Pereira da Silva, Liégy Pereira da Silva Meneghetti e Ediani da Silva Ritter.

Nesta terça (27), a advogada Márcia afirmou que analisa o inquérito policial e os laudos, e que “neste momento” prefere não se manifestar.

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Gaúcha ZH