Polícia
Foto: Arquivo Pessoal

Desaparecida desde o dia 13 de fevereiro, Eloete de Oliveira, 53 anos, moradora da área rural de Progresso, no Vale do Taquari, foi encontrada morta na semana passada. O corpo foi localizado às margens da RS-421. Segundo a Polícia Civil, o laudo de necropsia apontou que vítima apresentava um disparo de arma de fogo nas costas.

O caso chegou aos investigadores há duas semanas como um possível sequestro, após o marido da vítima relatar que a mulher tinha sido levada por criminosos. Segundo a versão dele à polícia, os dois estavam dormindo em casa, quando foram acordados por bandidos armados e encapuzados. O homem disse aos policiais que conseguiu escapar pela janela da moradia.

Ainda segundo o relato do marido, quando retornou para a residência, cerca de meia hora depois, não encontrou mais a esposa. O desaparecimento de Eloete levou as polícias e bombeiros a montarem uma operação para tentar localizar a mulher, inclusive com uso de helicóptero e cães farejadores. Nenhum pedido de resgate chegou a ser realizado durante o sumiço de Eloete. Também não teriam sido levados pertences da moradia do casal, o que fez a polícia afastar a possibilidade de um assalto. 

Pouco mais de uma semana após o desaparecimento, o corpo de uma mulher em avanço estado de decomposição foi encontrado na região que pertence à comunidade de Arroio Abelha, em Sério. A localidade rural do município de 2 mil habitantes é a mesma na qual em 2019 um homem morreu em confronto com a polícia, após assassinar três pessoas que jogavam carta num salão comunitário. A área fica a cerca de 10 quilômetros da área urbana de Sério.

Desde então, a polícia vem trabalhando para tentar identificar quem é o autor ou os autores do assassinato da mulher. Segundo a delegada regional Shana Hartz, a polícia segue trabalhando com diferentes hipóteses para o crime. No entanto, não são repassados detalhes para não atrapalhar o andamento da investigação.

— Estamos com uma equipe de agentes trabalhando integramente nesse caso, fazendo várias diligências identificativas para a conclusão do caso com a responsabilização do autor ou dos autores. A única coisa que podemos afirmar nesse momento é no sentido de não ter sido descartada nenhuma linha de investigação — diz a delegada.

Perícias

Segundo a Polícia Civil, a vítima foi identificada por meio do exame papiloscópico, que analisa as impressões digitais. Já havia sido realizada coleta de material genético de uma filha de Eloete, em razão do desaparecimento, caso fosse necessário recorrer ao exame de DNA, mas isso não foi preciso. O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou ainda que a mulher apresentava uma marca de um disparo nas costas. O tipo de arma usada e o calibre do armamento não foram informados pela polícia.

O estado em que se encontrava o corpo da vítima faz os investigadores suspeitarem que ela tenha sido morta na mesma data em que desapareceu. Ou seja, ela já estava morta havia cerca de uma semana quando o cadáver foi localizado. Dentro da moradia onde vivia a vítima também foram encontradas marcas de sangue. A polícia diz que não é possível afirmar, no entanto, que a vítima possa ter sido morta dentro de casa.

— Pelo estado do corpo, acredita-se que o óbito tenha ocorrido próximo ao evento do sequestro — diz a delegada.

Ainda segundo a policial, o o desaparecimento e a morte da vítima causaram comoção na comunidade no Vale do Taquari.

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