Polícia

Já citei em outras colunas o uso vulgar da palavra Democracia, de uma forma totalmente descomprometida com a verdade, por parte de muitos “políticos”.

E quem mais a usa é quem menos acredita e vive sob os seus preceitos.

São as “narrativas”, como diz um populista famoso!

O uso estratégico da linguagem é uma arma poderosa. E usada em parceria com a força e a manutenção da ignorância, são capazes de capturar corações e mentes, que se descolam de qualquer lógica e se deslumbram com palavras vazias e assim, fazem com que crimes fiquem invisíveis aos seus olhos. 

E quantos países são berço da desgraça de seus habitantes! Habitantes estes que não tem a menor garantia de questionar e de se colocar em oposição ao regime.

República Popular da China. Onde só existe um partido. República Popular Democrática da Coreia. Onde só uma pessoa decide o que é a Democracia.

Cuba e tantos países miseráveis da África seguem a mesma lógica. Ditaduras que vivem da expansão da miséria e opressão ao povo.

E hoje, a ditadura mais agressiva da América do Sul, com eleições manipuladas e que mantem uma dupla de ditadores governando há 25 anos, está exposta!

Exposta ao mundo. A todo o mundo democrático e livre. Mas só, ao mundo democrático e realmente livre.

Igualmente expostos estão os ditadores fantasiados de democratas.

Aqueles que precisam defender com unhas e dentes as ditaduras marxistas, que são seus sonhos de consumo.

Mas nada disso é novo! Tudo isso está diante dos nossos olhos há décadas. Basta abri-los e ver a trajetória destas figuras.

Desarmamento da população. Manipulação das urnas. Vassalagem da Corte Suprema. Compra do Congresso. Sistema educacional ruim. E domínio dos meios tradicionais de comunicação.

Uma estratégia velha e surrada. Mas que infelizmente continua funcionando em alguns lugares.

Aproveite esse clima de eleições e chame um político de esquerda para uma conversa e pergunte o que ele pensa da democracia venezuelana.

Ele fará voltas e voltas para defender o socialismo fracassado e lhe dirá: a democracia é relativa!

Por Carton Cardoso