Política

Há momentos na vida de todos nós, em que enfrentamos desafios e revezes.
As vezes a um nível muito alto para as nossas forças.
É nesta hora, quando vamos ao limite, que o nosso instinto fica exposto.
Em alguns casos, gera um impulso para uma saída positiva. Resolutividade.
Em outras ocasiões, aflora a pior reação. Que acaba gerando um resultado destrutivo.
É quando dizemos que a pessoa “meteu os pés pelas mãos!”.

Na política acontece a mesma coisa.
Aquele político que após ter atuado em vários meios públicos, seja no executivo ou no legistalivo, começa a perceber o seu declínio. E já não consegue trazer mais nada de positivo a sociedade. Cai no ostracismo, ficando esquecido pelos eleitores e deixando com que o desespero o domine.
É quando perde totalmente o equilíbrio e até mesmo os escrúpulos.
Ele se transforma em uma metralhadora, atirando para todos os lados.
Até mesmo nas pessoas que há pouco tempo dividia os mesmos ideais.
Não poupa ninguém!
Enxerga em cada um a sua frente, como um degrau de escada, onde vai pisar para subir.
Perde o medo de proferir inverdades.
Faz bravatas prometendo o que sabe que não vai cumprir.
Começa a sentir um estranho prazer em causar o caos.

No primeiro momento, todo esse impulso destrutivo aparece como uma vantagem,
pois suas declarações ganham audiência e acabam dominando as conversas.
Mas como não há mal que sempre dure. Este tipo de mal, dura pouco e a queda é grande.

Mas sempre é possível pescar algo de positivo neste mar de aflição.
O cidadão ou o eleitor neste caso, tem a possibilidade de enxergá-lo com mais transparência.
E ver que tudo aquilo que ele representava, era apenas um teatro.
Ver que ele faz parte daquele grupo dos políticos que praticam a “velha política”.
Que suas pautas são opostas ao que o seu eleitor acredita.
Que no meio deste seu desequilíbrio, passa a defender o autoritarismo, a segregação e a divisão.

Para o político desesperado, o tempo é o maior inimigo.
Porque em algum momento vai se dar conta de que fez tudo errado.
E sabe que será tarde demais.
Mas, agora, ele não tem como voltar.
Precisa ganhar tempo.
Para retardar o máximo possível o seu fim político!

Por Carton Cardoso