Política

Temos a sensação de que estamos vivendo transformações mais rápidas no que diz respeito ao nosso clima. Tempestades frequentes. Enchentes históricas se repetindo. Verões com dias frios, invernos com dias quentes. Mas é preciso ponderar que nunca a humanidade teve tanta informação e em tempo real como agora. O que acontece lá na Nova Zelândia chega aqui no Brasil alguns minutos depois. E também nunca tivemos tantos habitantes no planeta, o que faz com que os números das informações e dos afetados pelas tragédias tenha aumentado muito. Mas o planeta está em transformação. Aliás, sempre esteve. Passamos por diversas eras glaciais, inclusive alguns cientistas dizem que estamos saindo de uma, por isso a tendência do aumento das temperaturas médias. O que também não é de todo ruim, pois foram nas eras mais quentes que tivemos mais abundância de alimentos. Não quero discutir se tudo isso é resultado da ação do homem nestes últimos dez mil anos ou se é o cumprimento do ciclo de existência da Terra. O que me chama a atenção é o que alguns grupos políticos fazem com este tema, dando o nome de “Mudanças Climáticas”. Precisamos nos adaptar às mudanças? Claro que sim! Precisamos nos preparar e prever com mais acertividade as catástrofes, para evitar perdas humanas? Com toda certeza! Precisamos preservar a nossa fauna e flora? E certo que sim. Mas precisamos preservar e melhorar a vida das pessoas, mais do que tudo! Existem muitas falácias que são implantadas com uso político, mas que são apenas cortinas de fumaça para exaltar ideologias. A Amazônia precisa ser preservada. Sim, mas os mais de vinte milhões de habitantes que lá estão, precisam buscar o seu sustento e não somente viver como animais em um zoológico gigante. A demonização do agro brasileiro que alimenta o mundo é o alvo principal deste pensamento esquerdista/woke. O agro é um dos setores da economia que mais respeitam as nossas rígidas leis ambientais e produz safras recordes em áreas limitadas do país, mas que incomodam muito alguns governos europeus que sofrem pressão dos seus agricultores, porque hoje há pouco espaço, pela degradação histórica dos seus territórios, e assim pedem subsídios eternos a estes governos. O agro brasileiro incomoda. Ele representa o trabalho pesado de milhares de brasileiros, mas também é a tecnologia e o empreendedorismo do nosso país, gerando parte imprescindível do nosso PIB. Mas trabalho, tecnologia e geração de riqueza são coisas que não interessam a estes ecochatos, que destroem obras de arte em museus, fazem protesto defecando na rua, invadem fazendas produtivas e se intitulam defensores do planeta, mas não arrumam nem a sua cama, enquanto milhões de pessoas no mundo estão correndo atrás de pôr comida na mesa, com dignidade através do suor do seu trabalho.

Por Carton Cardoso