Conhecido como um cartão postal na região norte do Estado, a conhecida “curva dos plátanos”, que inicia no Km 81 e se estende ao longo de quatro quilômetros na BR-386/158, entre Boa Vista das Missões e Palmeira das Missões é um ponto tradicional para quem passa pela região registrar imagens com uma bela paisagem de cenário. As espécies, hoje admiradas por milhares de pessoas, foram plantadas há mais de 20 anos por Cornelis Uitdewilligen, em área pertencente à Granja Holanda, de sua propriedade.
Nesta semana, a reportagem do Jornal O Alto Uruguai recebeu a informação de que a Superintendência do RS do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) poderia fazer a retirada das árvores do local e entrou em contato com a assessoria de comunicação do órgão, em busca de esclarecimentos sobre o tema de repercussão regional e até estadual.
– O Dnit informa que os plátanos foram plantados pelos lindeiros da BR-158 em área da União e representam risco aos usuários da rodovia, já que podem cair em caso de ventos fortes –, informou a Ascom do Dnit, em e-mail respondendo ao questionamento da reportagem do AU.
O que dizem as lideranças
Conforme o presidente da Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop) e prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso, a entidade, com certeza, vai buscar mais informações junto à Superintendência do Dnit no RS, por entender que a retirada dos plátanos não se justifica. “Com certeza vamos fazer uma mobilização e buscar informações junto ao Dnit, porque além de ser um lindo cartão postal desta região do Estado, não temos conhecimento de acidentes dessa natureza no local”, avaliou Panosso.
O prefeito de Boa Vista das Missões, Rudilberto Soares Landesfeldt, destacou que iria acionar o departamento jurídico da prefeitura sobre a questão. “Com certeza, não somos de acordo com a medida. Isso não pode acontecer e vamos nos mobilizar para que isso não ocorra”, afirmou.
O vice-prefeito de Palmeira das Missões, Régis Lorenzoni, comentou que a administração municipal não tinha ciência do caso e que, como gestores, defendem a permanência dos plátanos. “Entendemos que as árvores são um cartão postal e percebemos em várias postagens que pessoas do Brasil inteiro registram momentos no trecho. Nós defendemos a preservação da natureza e consideramos que os plátanos, além de serem um ponto turístico, representam a importância da proteção da ambiental”, frisou.
Em novo contato com a assessoria de comunicação do Dnit, para esclarecer se realmente a autarquia prevê a retirada dos plátanos do trecho, o órgão informou que serão realizadas análises no local, para verificar se algum dos exemplares realmente representa risco para a segurança de quem passa pelo trecho.
– O Dnit informa que no momento não estão programados cortes de plátanos às margens da BR-158/RS. Contudo, técnicos da Autarquia vão verificar se existe algum exemplar que ofereça risco para os usuários da rodovia –, esclareceu o órgão, em e-mail.
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O Alto Uruguai
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