Região
Foto: Divulgação

A Administração Municipal de Miraguaí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, firmou uma parceria com a Associação Olhar Pelo Próximo para a realização de consultas oftalmológicas gratuitas dentro da Unidade Básica de Saúde (UBS) do município.

A iniciativa, que inicialmente tinha caráter social e de atendimento comunitário, acabou levantando dúvidas entre vereadores e parte da população após a constatação de que uma segunda empresa, a Focus Comércio Varejista, também estava envolvida de forma paralela à ação.

Segundo os vereadores Bruno Belchor dos Santos e Cristian Macalin, a Focus — que seria parceira da Associação Olhar Pelo Próximo — alugou um espaço em frente à UBS durante o período das consultas. No local, estaria ocorrendo a oferta e comercialização de óculos, o que, de acordo com os parlamentares, pode gerar suspeitas de direcionamento aos pacientes atendidos pelo serviço gratuito. Outro ponto citado por eles é que ambas as empresas possuem CNPJs registrados no Estado de Goiás, o que reforçou a necessidade de esclarecimentos.

Contraponto

Em contato com a reportagem, o prefeito Leonir Hartk afirmou não ter conhecimento dos detalhes da parceria, orientando que as informações fossem buscadas diretamente com o secretário municipal de Saúde, Valdelirio Pretto da Silva (Pretinho).

Durante entrevista concedida no programa de rádio local neste sábado (06), Pretinho confirmou a parceria com a Associação Olhar Pelo Próximo e explicou que a empresa Focus Comércio Varejista atua como patrocinadora e apoiadora da entidade.

O secretário também confirmou que a Focus alugou o Salão da Comunidade Emanuel, onde estaria vendendo óculos de forma independente, sendo que o pagamento seria dividido — uma entrada no ato e o restante na entrega do produto.

Pretinho relatou ainda que, ao perceber a movimentação de pacientes no local, orientou os presentes a não se sentirem obrigados a comprar:

“Lá do outro lado tem pessoas que estão vendendo óculos, mas vocês não precisam comprar lá e não deem o dinheiro de entrada”, declarou o secretário.

A dúvida ainda permanece e o caso com certeza deverá parar no Ministério Público o qual deverá investigar.

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Observador Regional