Nesta terça, 29 de outubro, o Brasil se une ao restante do mundo para realizar um alerta internacional para os fatores de riscos do AVC – uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Reconhecer os sinais do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é fundamental para a procura imediata por um local preparado para o atendimento.
Segundo o neurologista do Hospital Divina Providência, em Porto Alegre, Marcus Vinícius Brandão, a recuperação da doença está, diretamente, relacionada à rapidez no atendimento adequado à vítima. O profissional alerta para que sejam observados o início súbito de qualquer um dos sintomas abaixo:
– Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
– Confusão, alteração da fala ou compreensão;
– Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
– Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
– Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
“As pessoas, ao perceberem estes sinais em um familiar ou, até mesmo, em si, devem procurar, imediatamente, o serviço de emergência. Este primeiro atendimento após o AVC é imprescindível para a melhora do paciente e para uma recuperação com o mínimo de sequelas”, explica Marcus.
O AVC acontece quando os vasos que levam o sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a morte da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. “Nem todos os episódios são iguais. Portanto, as reações e sequelas estão relacionadas a cada pessoa atingida. Mas é certo que o atendimento rápido e eficaz é essencial”, observa o neurologista. Outro recado importante do médico é em relação aos bons hábitos como:
– Praticar atividade física regularmente;
– Manter um peso adequado;
– Controlar a pressão arterial, colesterol e diabetes;
– Ter uma alimentação saudável;
– Beber bastante água;
– Não fumar;
– Não abusar de álcool e outras substâncias;
– Dormir bem;
– Gerir o estresse;
– Fazer acompanhamento médico regular.
O Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. Entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados 39.345 óbitos por AVC no Brasil, segundo dados do Portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela ARPEN Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). Esse número equivale a seis mortes por hora.
Com base nos dados do Sistema de Internações Hospitalares/DataSUS, o Conselho Federal de Medicina (CFM) analisou os números da doença no Brasil entre 2014 e 2023. Nesse período, houve pouco mais de 2 milhões de internações, com aumento de 28% entre o primeiro e o último anos avaliados.
Apesar de ser prevenível e tratável, os casos de AVC aumentaram 70% globalmente entre 1990 e 2021, segundo um estudo da revista The Lancet Neurology. Além disso, as mortes por AVC cresceram 44% no mesmo período, com um aumento de 32% na deterioração da saúde relacionada à doença.
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O Sul