Não é à toa que, o nosso rosto – mais especificamente nossa pele – é nosso cartão de visita. A gente olha para alguém e de “cara” julgamos a idade. E não adianta, o envelhecimento chega para todos. A cada segundo, milhares de reações bioquímicas acontecem dentro do nosso corpo e, mesmo parados, nosso corpo está em contínuo processo de trabalho. Sendo assim, envelhecer é uma das únicas certezas que temos. Mas por que a pele fica flácida quando envelhecemos?
A flacidez anda de mãos dadas com o envelhecimento e um dos principais processos responsáveis é o estresse oxidativo.
O funcionamento normal das nossas células gera produtos tóxicos, as espécies reativas, sendo que as principais são derivadas do oxigênio.
Para contrabalancear essa produção, o nosso corpo produz antioxidantes, que protegem a integridade da célula. O problema é que essas defesas antioxidantes diminuem com o envelhecimento e o processo de produção dos radicais livres acaba sendo maior que os mecanismos de neutralização. Ou seja, oxidamos mais do que deveríamos. Esse processo acontece de maneira cumulativa e prejudica o funcionamento celular.
Para piorar ainda mais o processo, quando envelhecemos temos uma maior tendência a desidratação, redução da gordura cutânea, reabsorção óssea, aumento de enzimas, como a metaloproteinases, que atua nos estágios da cicatrização e na redução na síntese de colágeno e elastina. Tudo isso acelera a aparência envelhecida.
Além dos efeitos inerentes ao próprio envelhecimento, alguns fatores podem acelerar ainda mais o dano oxidativo, como a exposição solar, tabagismo, má alimentação, açúcar, insônia e estresse.
Existem dois tipos de antioxidantes: os enzimáticos, de produção natural da nossa pele, e os não enzimáticos, encontradas em vitaminas e outras substâncias.
Suplementação
O uso de antioxidantes em cápsulas tem cada vez sido mais estudado não só pela saúde da pele, mas também pela saúde do nosso organismo, já que têm a capacidade de reagir com os radicais livres e impedir o ataque de outros componentes celulares. Assim, é possível desviar, ou pelo menos retardar, os efeitos gerados pelo estresse oxidativo.
Quando falamos em estudos realizados sobre os efeitos dos antioxidantes na pele, não estamos apenas falando dos antioxidantes de uso oral, mas antioxidantes tópicos (aplicados diretamente na pele) que conferem benefícios na proteção contra danos causados pelo sol e na melhora da aparência da pele.
Quais são os antioxidantes mais utilizados? A vitamina C é um potente antioxidante que auxilia na produção de colágeno, uma proteína essencial para a elasticidade e firmeza da pele. A aplicação tópica de palmitato de ascorbila (um éster da vitamina C ideal para aplicação tópica) também pode melhorar a textura da pele e reduzir rugas finas e manchas causadas pelo sol.
A vitamina E, também conhecida como tocoferol, possui ação poderosa antioxidante que auxilia na prevenção justamente dos danos causados por radicais livres. Ela ajuda retardando o envelhecimento, prevenindo o câncer da pele e reduzindo rugas. Pode ainda melhorar a cicatrização, além de agir como um poderoso lubrificante e hidratante. Por fim, auxilia também na recuperação da elasticidade cutânea. Quando associada com a vitamina C, ambas atuam sinergicamente, uma potencializando a ação da outra e melhorando a estabilidade da vitamina C.
A niacinamida é a forma ativa da vitamina B3, uma substância que ajuda a manter mais luminosa. Este ativo pode ser utilizado em diversos tratamentos anti-idade, clarear manchas e uniformizar o tom da pele.
Se a niacinamida for aplicada na forma tópica, ele age estabilizando a função da barreira cutânea, reduzindo a TEWL (a perda de água da pele para a atmosfera), deixando a pele muito mais hidratada. Ela ainda atua na renovação celular, sendo um excelente antioxidante na prevenção do envelhecimento, ajudando a controlar a oleosidade excessiva e melhorar da aparência em peles envelhecidas, fotoenvelhecidas, ressecadas ou com acne.
O licopeno – encontrado de forma abundante em tomates, goiaba, melancia e outros alimentos vermelhos – e o beta-caroteno, uma das fontes mais abundantes de vitamina A, também encontrada em frutas e vegetais conhecidos como carotenóides – que contêm pigmentos amarelo-alaranjados, como beterrabas e cenouras – podem ajudar a reduzir os danos causados pelos raios ultravioletas (UV) e melhorar a aparência da pele. Outros dois compostos antioxidantes com essas propriedades são a coenzima Q10 e a quercetina.
O resveratrol, que pode ser encontrado na casca da uva vermelha, é um poderoso antioxidante que complementa a rotina de cuidados anti-idade. Além de proteger contra a ação dos radicais livres, este ativo também é conhecido por estimular o nosso corpo a produzir outros antioxidantes endógenos, aumentando as defesas das células contra agressões externas.
Entre os benefícios do resveratrol, podemos citar ainda a ação antioleosidade, antiacne e anti-inflamatória. O resveratrol atua em um primeiro momento ligando-se as moléculas dos radicais livres, desativa e neutraliza todas elas, impedindo danos nas células e DNA da pele.
Por fim, diversos estudos demonstram que os componentes fitoquímicos do extrato de chá-verde possuem inúmeros efeitos benéficos à pele, como função clareadora, calmante, entre outras. Ele possui uma ação rejuvenescedora, capaz de prevenir rugas e melhorar a elasticidade, a nutrição e a maciez da pele.
É fato que os suplementos antioxidantes ajudam na boa saúde da pele, mas lembre-se de que não adianta tomar mil cápsulas se a alimentação for oxidante. Ou seja, inflamatória. Beba muita água, aplique protetor solar todos os dias – mesmo se você passa maior parte do tempo em um escritório – e consulte um profissional de saúde (médico, farmacêutico ou nutricionista) para te ajudar a escolher os antioxidantes específicos para você. As informações são do portal de notícias Terra.
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