Saúde
Foto:: Arquivo Pessoal

A família de uma adolescente de Caçapava do Sul, na Região Central do Rio Grande do Sul, vive dias de preocupação em razão da saúde da garota. O que começou com relatos de dores de cabeça, há cerca de duas semanas, hoje é uma suspeita de uma doença neurológica rara, a síndrome de Susac.

Internada desde 27 de novembro em um hospital da cidade, Marya Eduarda Moraes de Oliveira, de 16 anos, já não responde mais a estímulos visuais e sonoros, segundo a família. A menina respira com a ajuda de aparelhos, e um laudo demonstrou o risco de “evolução para encefalopatia grave com lesão cerebral incapacitante e permanente”.

“É difícil ver um filho se entregando aos poucos em uma semana. Está cada vez mais debilitada, com a respiração ruim, mesmo com oxigênio”, diz a mãe da adolescente, Juliana Moraes.

A síndrome de Susac afeta os vasos sanguíneos na região do cérebro, dos olhos e dos ouvidos. A doença provoca disfunções no sistema nervoso central, deficiência auditiva neurossensorial e a obstrução de uma artéria da retina. Entre os sintomas, estão dores de cabeça, perda de memória, confusão mental, fala arrastada, perda de função motora, além de impactos na visão e na audição.

Os médicos recomendaram a transferência da paciente com urgência para um hospital capacitado para atender casos mais complexos. O caso foi parar na Justiça, que determinou a disponibilização de um leito para a jovem.

O juiz Fabrício Manoel Teixeira ainda autorizou que, caso não haja vagas na rede pública, a paciente seja levada para um hospital particular e que “as despesas serão pagas por meio de bloqueio judicial”.

Segundo a mãe de Marya Eduarda, apenas nesta quarta-feira (4) houve o indicativo da transferência da filha para outra instituição de saúde. No final da tarde, a família foi informada de que a menina seria levada para o Hospital Conceição, em Porto Alegre.

A família tem a sensação de correr contra o tempo.

“A gente está pedindo ajuda, socorro, porque não tem mais o que a gente fazer. A gente só quer salvar ela”, diz Juliana.

O g1 procurou a Secretaria Estadual da Saúde (SES), responsável pela regulação de leitos, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem.

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G1 RS