Saúde
Foto: Reprodução

O diagnóstico de câncer muda a vida de uma pessoa e de todos que a cercam. Essa realidade é desafiadora por si só. No entanto, outros obstáculos tornam a jornada do paciente oncológico no Brasil ainda mais árdua, como aponta uma pesquisa recente realizada com apoio da farmacêutica Bristol Myers Squibb (BMS).

O levantamento ouviu 300 homens e mulheres, entre 18 e 55 anos, de todas as classes sociais, em tratamento pelo sistema público de saúde, de 2021 a 2023. Entre os destaques, identificou os seguintes pontos:

– 33% dos entrevistados enfrentam uma espera de até dois anos desde os primeiros sintomas até a descoberta do câncer;

– 95% dos pacientes passam por até 4 especialistas diferentes até conseguir fechar o diagnóstico.

Os dados enfatizam a necessidade de um diagnóstico mais rápido, assim como aumento na agilidade na marcação de consultas e facilidade no acesso a exames para elevar as chances de sucesso no tratamento.

Essas informações são relevantes para melhorar a qualidade dos serviços de saúde, sejam públicos ou privados. As queixas apresentadas foram feitas, em grande parte, por entrevistados com doenças oncológicas na mama, próstata, colorretal, pulmão e estômago – refletindo os cânceres com maior número de ocorrências no País.

Áreas remotas

A luta contra o câncer é global, já que ele mata mais de 10 milhões pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, a população de baixa renda e os moradores de áreas rurais são os que mais sofrem no Brasil. Esses locais carecem de melhor infraestrutura e profissionais especializados. Custos de transporte para áreas urbanas, dificuldades financeiras para cobrir certos tratamentos e a falta de planos de saúde são outras barreiras aos que têm renda per capita de até meio salário mínimo.

“O relatório Cenário do Câncer no Brasil é um chamado à ação para todos nós. É fundamental que continuemos engajados e colaborativos, trabalhando em conjunto com entidades governamentais, ONGs e a sociedade civil, para promover mudanças significativas no panorama do câncer no Brasil”, disse Gaetano Crupi, presidente executivo da Bristol Myers Squibb (BMS) no Brasil.

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