Saúde

Casos de gestantes com HIV crescem 4%, mas número de crianças com o vírus da aids cai no RS

Entre janeiro de 2013 e junho de 2024, o Rio Grande do Sul registrou 39.686 casos de infecção pelo HIV. Os dados constam no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde e foram divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde.

O número corresponde a 45,2% do total de casos da região sul do país, onde mais de 87 mil pessoas foram infectadas. Gestantes fazem parte do grupo que apresentou aumento nos casos.

Entre 2022 e 2023 houve aumento de 4,6% nas notificações de HIV em grávidas no Estado. No ano passado, foram 980 casos confirmados. A taxa de detecção foi de 8,1 casos para mil pessoas. Em 2022, 937 gestantes testaram positivo. O número leva em conta casos de HIV e aids.

Conforme os dados, o Estado continua liderando o ranking nacional dos casos envolvendo grávidas. Em relação aos municípios, Porto Alegre teve 16,2 casos notificados para cada mil habitantes, sendo a cidade com maior identificação.

— O número preocupa, sim. Mas, podemos olhar por outro lado. O que notamos não é um aumento de casos de mulheres com HIV, mas sim mulheres com o vírus que podem gestar. Elas possuem esse direito e podem ter uma gravidez segura e evitar a transmissão para o bebê — explicou Raíssa Barbieri Ballejo Canto, coordenadora da Divisão de Doenças Crônicas Transmissíveis e não Transmissíveis da Secretaria Estadual da Saúde (SES). 

Queda entre as crianças

Em relação às crianças menores de cinco anos, a série aponta, na década, queda significativa na taxa de detecção de aids. Em 2013, a taxa era de 6,6 casos por 100 mil habitantes. Já no ano passado, esse número caiu para 1,9 casos. De acordo com a SES, a diminuição reflete o avanço nas políticas públicas da saúde.

Na comparação entre 2022 e 2023, a redução do número total de casos é de 56%. Em 2022, foram confirmados 30 casos e em 2023, 13 crianças tiveram positivo.

Para a coordenadora, a diminuição é significativa, mas é necessário que a taxa de casos seja zerada. 

— Precisamos qualificar a prevenção, desde o pré-natal. É necessário acabar com o estigma que tem em torno do diagnóstico do HIV para assim, podermos avançar na eliminação da transmissão para crianças — enfatiza Raíssa.

Em 2022, Porto Alegre estava no primeiro lugar do ranking de casos de aids em menores de cinco anos, conforme o Ministério da Saúde. Já em 2023, a Capital aparece na 17ª posição. 

Para a médica chefe do serviço de Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Carmen Oliveira a redução está ligada a diversos fatores. Entre eles, o uso correto de medicamentos para prevenção da transmissão, pré-natal adequando, exames no momento do parto e também o acompanhamento da saúde do pai.

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Gaúcha ZH

Tres Passos News

Direção e redação.

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