Saúde
Foto: Divulgação

A família de Francisco Bedin Tomazini, 9 anos, é movida pela solidariede. O menino que sobreviveu a um grave acidente de trânsito convive com a Lesão Axonal Difusa (LAD), condição neurológica que exige tratamento intensivo e caro.

Para ajudar a família, os moradores de Constantina — cidade de 10,6 mil habitantes no norte gaúcho onde Francisco nasceu — decidiram fazer um jantar nesta sexta-feira (14). A expectativa é que 2,5 mil pessoas participem da arrecadação de fundos.

— A comunidade nos abraçou de uma forma que não temos palavras para agradecer — relata a mãe do menino, Sabrina Bedin, que também se feriu no acidente em junho deste ano

No dia da colisão, Francisco estava acompanhado ainda de uma prima, que ficou machucada. A avó materna, que também estava no carro da família, não sobreviveu ao impacto e morreu.  

A rotina de recuperação

Arquivo pessoal / Divulgação
Menino se mudou para Passo Fundo com a família em busca de tratamento especializado.Arquivo pessoal / Divulgação

Francisco teve um pulso quebrado no acidente e foi diagnosticado com LAD, doença que afeta as conexões cerebrais. Ele ficou 29 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 50 dias em um lar de recuperação. 

A rotina da família se transformou em uma jornada pela recuperação. Com o tempo e após sessões intensas de fonoaudiologia, o menino conseguiu retirar o tubo de traqueostomia e voltar a respirar normalmente. 

Cada pequeno avanço foi celebrado pela família como uma vitória, relembra o tio Jhonatan Tomazini:

— Nossa primeira alegria foi quando ele começou a tentar respirar sozinho, sem o respirador.

Em agosto, o menino iniciou uma nova fase de reabilitação, contando com o apoio de uma clínica especializada em neurologia de Passo Fundo. A família precisou se mudar.

Recursos para o tratamento

Arquivo pessoal / Divulgação
Francisco e a mãe, Sabrina.Arquivo pessoal / Divulgação

Hoje, Francisco apresenta uma evolução considerada positiva pelos médicos: interage com os familiares, balança a cabeça para responder, faz pequenos gestos e demonstra entender o que acontece ao redor. Com auxílio de equipamentos especializados, está começando a dar os primeiros passos depois do acidente.

Mas ele depende de seis atendimentos todos os dias, o que tem gerado uma despesa pesada à família.

Enquanto buscam apoio judicial para tentar garantir o atendimento pelo sistema público, a família criou uma arrecadação online na Plataforma Vakinha, com o objetivo de juntar R$ 400 mil — valor que deve cobrir os custos do tratamento até março do próximo ano.

— A gente acredita que Deus vai nos conceder esse milagre. O Francisco está evoluindo muito bem e cada dia é uma nova vitória — finaliza Sabrina.

Gaúcha ZH

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