Foto: Reprodução
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um problema de saúde caracterizado por obstrução do fluxo aéreo que causa sintomas persistentes e diminuição progressiva da capacidade pulmonar. Atualmente, estima-se que seja a quarta causa de morte em todo o mundo, representando aproximadamente 5% dos óbitos, segundo os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estes números tornam-se ainda mais relevantes tendo em conta que muitas pessoas com DPOC não são diagnosticadas uma vez que os sintomas, num primeiro momento, podem ser passageiros. O que se sabe é que o principal fator de risco identificado na maioria dos casos são os fumantes, já que se estima que o tabagismo represente entre 30-40% dos casos, segundo a OMS.
Embora nem todas as pessoas com DPOC sejam fumantes, existe uma estreita relação entre esta prática e as doenças pulmonares. Por este motivo, no âmbito do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), comemorado no último dia 15, é fundamental sensibilizar para os principais riscos para a saúde que esta prática acarreta.
Segundo Paola Rodríguez, médica de família, o tabagismo tem um impacto negativo em quase todos os sistemas do corpo onde se encontra: aumento do risco de perturbações mentais como ansiedade e depressão; diminuição da densidade mineral óssea que aumenta o risco de fraturas e osteoporose; dificuldades de fertilização; risco aumentado de cancro do pulmão, cavidade oral (boca, garganta, laringe), bexiga, rim e pâncreas; aumento do risco de doenças cardiovasculares; aceleração do envelhecimento e doenças de pele; e alterações na cavidade oral como gengivas inchadas, mau hálito e manchas nos dentes.
“O risco de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo, como a DPOC, pode persistir mesmo décadas após parar de fumar. Estudos mostram que o risco diminui, mas não é totalmente eliminado, principalmente se você fuma há muitos anos e em grandes quantidades. Assim, a relação entre tabagismo e DPOC não depende exclusivamente do tabagismo na atualidade, mas também do histórico de consumo de tabaco e de alguns fatores como predisposição genética, idade em que começou a fumar e presença de outros fatores de risco como prolongamento exposição à poluição ambiental”, esclarece.
Muitas vezes, quem quer parar de fumar apresenta sintomas de abstinência como irritabilidade, ansiedade, insônia, dificuldade de concentração e aumento do apetite. Da mesma forma, podem enfrentar outros obstáculos, como a falta de apoio e motivação.
Neste enquadramento, Paola Rodríguez aponta cinco recomendações para acabar com esta prática: estabeleça uma data específica para parar de fumar, certificando-se de que ela possa ser cumprida; identifique os gatilhos, buscando alternativas que mitiguem a tentação; envolva atividades de lazer e recreação como praticar algum esporte para ocupar a mente; reconheça que o processo é complexo e, portanto, pode ser necessário o apoio do seu círculo próximo e/ou de um profissional especializado; parar de fumar é um processo desafiador e, embora os benefícios a longo prazo sejam enormes, serão necessárias consistência e persistência.
Por fim, vale ressaltar que atualmente existem diversas tecnologias, medicamentos e abordagens terapêuticas que podem ajudar os fumantes a abandonar esse hábito. Estes incluem tratamentos medicamentosos, terapias de reposição de nicotina, intervenções comportamentais e dispositivos tecnológicos.
Para todos é recomendado o apoio e acompanhamento de um especialista. Da mesma forma, é fundamental que quem adquiriu o hábito esteja atento a sintomas como tosse crônica, dificuldade para respirar e cansaço porque, embora a DPOC não tenha cura, é uma condição tratável se diagnosticada em tempo hábil.
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