Saúde

Drenagem linfática: entenda o que é, benefícios e contraindicações

Quando se fala em massagem estética, a drenagem linfática é a primeira que vem à mente da maioria das pessoas. E não é para menos, já que ela proporciona bons resultados para quem está sentindo inchaço ou incômodo com o aspecto provocado pela celulite.

Mas sua finalidade não se resume a isso. As manobras aplicadas na drenagem aumentam a oxigenação dos tecidos; favorecem a eliminação de toxinas e micro-organismos que podem provocar infecções, como vírus e bactérias; elevam a absorção de nutrientes pelo sistema digestivo; aceleram a cicatrização e a reabsorção de hematomas; favorecem o trabalho do sistema imunológico e promovem bem-estar geral.

“Por meio de movimentos leves em pontos específicos, a técnica promove o retorno dos líquidos à circulação, melhorando seu fluxo, reduzindo o inchaço local, diminuindo a inflamação, favorecendo a irrigação da pele e a nutrição dos tecidos”, destaca a cirurgiã vascular Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) e da The American Vein & Lymphatic Society.

“Apesar de, em alguns casos, ser feita de forma localizada, nas pernas, nos braços ou no abdômen, dependendo da indicação, o sistema linfático do corpo todo fica em alerta, já que ele é todo conectado”, completou.

Para entender como a drenagem age, é preciso explicar como o sistema linfático funciona. Ele é o nosso principal sistema de defesa contra infecções e conta com um conjunto de vasos que formam uma rede paralela à da circulação sanguínea, e são percorridos por um líquido claro e viscoso chamado linfa. A linfa tem a missão de fazer uma verdadeira faxina no organismo, removendo impurezas e micróbios que se instalam entre os tecidos.

O sistema linfático também conta com os gânglios linfáticos, que estão localizados no corpo inteiro, mas são encontrados principalmente no pescoço, nas axilas e na virilha. Conhecidos por linfonodos, eles realizam a filtragem da linfa, retendo componentes nocivos e evitando que voltem para a corrente sanguínea e provoquem algum quadro infeccioso. Eles ainda acionam as células de defesa do corpo para que elas combatam micro-organismos que possam causar problemas.

Em algumas situações, esse sistema de drenagem pode ficar sobrecarregado e não cumprir sua função adequadamente, como na gravidez, na fase pré-menstrual e após cirurgias ou traumas físicos. Nesses casos, a drenagem linfática pode ajudar. Como é feita a drenagem A massagem pode ser manual ou mecânica, quando conta com a ajuda de aparelhos ou bombas com sistema de pressão de ar para realizar o trabalho.

É importante que seja feita por um especialista bem treinado, pois a pressão excessiva pode causar lesões nos capilares linfáticos, que são vasos finos, microscópicos e muito frágeis, comprometendo ainda mais o fluxo da linfa. “Os movimentos devem ter pressão entre leve e média, promovendo a compressão apenas na camada subcutânea, sem comprimir a musculatura”, orienta o cirurgião vascular Henrique Pereira Lamego Junior, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Por essa razão, dor e manchas roxas deixadas no corpo após o procedimento podem indicar a necessidade de buscar outro profissional. Frequência e contraindicações Uma sessão por semana já é o suficiente para oferecer todos esses benefícios, mas em alguns casos específicos, como pós-operatório de cirurgias plásticas ou varizes, a frequência pode aumentar para duas ou três vezes semanais, dependendo do tipo de procedimento ou da necessidade individual. Mas há também situações em que a drenagem linfática é contraindicada.

“Em casos de infecção local, por exemplo, não é indicado que se manipule o sistema linfático, pois podemos espalhar a infecção pelo organismo, risco similar a pacientes oncológicos em tratamento, pois pode levar as células cancerígenas para o resto do corpo”, afirma Lamaita. Lesões de pele, ferimentos abertos, febre ou dor são limitações que necessitam de avaliação médica antes da realização desse tipo de procedimento. Quem tem problemas vasculares, hipertensão descompensada ou insuficiência cardíaca também deve passar por uma consulta antes de fazer drenagem.

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