Saúde
Foto: Ilustração

A morte de uma estudante de apenas 18 anos após ter relações sexuais com o marido, em São Vicente, litoral de São Paulo, pode ter sido causada por arritmia cardíaca. Médicos conjecturam que, por conta da idade e pelos relatos de familiares, de que a jovem não possuía histórico de doenças anteriores, a falta de ritmo nos batimentos do coração pode ser indicada como hipótese mais plausível. A Polícia Civil está investigando o caso e já solicitou ao IML (Instituto Médico Legal) um exame detalhado.

Segundo o marido dela relatou à Polícia Civil, ela desmaiou no chuveiro no momento em que estavam tendo relações sexuais pela segunda vez na madrugada de quinta-feira (20). O casal estava em sua residência. Apesar de o resgate ter sido acionado logo após a vítima passar mal, a jovem morreu antes que pudesse ser socorrida.

Aos policiais, o pai da jovem informou que a jovem não fumava, não bebia e nem ingeria drogas. A vítima era mãe de uma criança de apenas dois meses. O médico que atendeu a ocorrência atestou o óbito, mas não a causa da morte. Porém, deixou registrado que a jovem não aparentava possuir marcas de agressão.

Segundo especialistas, durante o sexo, como em qualquer atividade física, o coração pode duplicar o número de batidas por minuto para suprir o corpo com mais energia, distribuída pelo corpo no oxigênio do sangue. Assim, a pressão arterial sobe no corpo inteiro e o pulmão também passa a trabalhar com mais intensidade. Por isso, problemas pulmonares prévios também podem acarretar em morte súbita durante a prática de exercícios físicos.

“As mortes súbitas durante o ato sexual, porém, são bem menos frequentes do que se imagina”, explica o neurocirurgião Wanderley Cerqueira de Lima, que trabalha para a Rede D’Or e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “E, na maioria das vezes, acomete os homens e não as mulheres”.

UOL