Foto: Reprodução RBS TV / Divulgação
Um produto que se diz natural, mas traz água, amido e açúcar: assim funcionam esquemas de falsificação de mel como o desmanchado pela Polícia Civil de Passo Fundo no começo de junho. O consumo causa riscos à saúde, especialmente em pessoas com predisposição a doenças crônicas, como a diabetes.
Na ação da Polícia Civil, agentes encontraram elementos que apontam para uma produção de mel falsificado em uma casa no bairro Nenê Graeff. A confirmação da suspeita ocorrerá nas próximas semanas, após resultado da perícia. Segundo o delegado Venicios Demartini, foi o ambiente sem higiene que expôs a ação criminosa.
— O local não tinha nenhum tipo de higiene, era usado como moradia dos investigados e havia insumos e equipamentos para a falsificação de mel. O produto era acondicionado em embalagens, rotulado e colocado à venda. Esses rótulos têm uma inscrição, que é o selo do Serviço de Inspeção Federal, com indicação de um número falso — relatou o delegado.
Pelo menos 80kg do produto foram encontrados no momento do flagrante. A investigação da polícia aponta que o suspeito, um homem de 35 anos morador de Passo Fundo, comercializava o produto não só no mercado gaúcho, mas também em alguns locais de Santa Catarina e do Paraná.
A diferença do mel falso para o verdadeiro é que, quando fraudado, o produto não leva nenhum traço do mel feito por abelhas. Pelo contrário, ele possui outros componentes que, submetidos a alta temperatura, apenas lembram o mel. Assim, os criminosos conseguem produzir um composto com sabor semelhante, mas com custo muito inferior ao do produto verdadeiro.
Também há o caso de mel adulterado, ou seja, quando parte do produto é mel e a outra parte utiliza componentes para manter as características iniciais, mas alterar a composição final do produto.
Como identificar mel falso
O mel verdadeiro e o falso apresentam semelhanças na aparência e também no sabor, o que pode dificultar a identificação por parte do consumidor. Para verificar a diferença, existem testes empíricos — ou seja, feitos fora do laboratório, apenas com a observação a olho nu — e outros que se apropriam de métodos científicos através da reação de agentes químicos.
Para entender a diferença, a reportagem procurou o Centro de Pesquisa em Alimentação da Universidade de Passo Fundo (UPF), que detalhou os métodos. De acordo com a professora do curso de Medicina Veterinária, Ludmila Salazar, há três formas de identificar possíveis fraudes no mel. A primeira, segundo a pesquisadora, é verificar a cristalização do mel.
— Com o tempo, é normal que o mel verdadeiro cristalize. Já o mel adulterado, com amido, açúcar, água ou qualquer outra substância, não vai cristalizar de modo tão fidedigno como o mel verdadeiro — explicou.
As outras opções de testes envolvem o uso de produtos químicos, como o lugol, também conhecido como iodo aquoso, que reage ao mel fraudado com amido. Se for o caso, ao colocar a substância, o mel fica escurecido.
O último teste é mais complexo e só pode ser feito em laboratório. Nessa forma de avaliação, conhecida como Reação de Fihe, dois compostos são usados para separar um possível açúcar adicionado ao mel. Na reação, é possível indicar se houve adulteração.
Outra maneira de o consumidor mitigar as chances de adquirir produtos falsificados ou adulterados é através da leitura dos rótulos. Através da embalagem do mel, é possível conferir dados do produtor, origem, onde foi feito e o número do selo junto ao governo estadual e federal.
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Gaúcha ZH
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