De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), até o começo de junho, haviam sido notificadas mais de 5,7 mil hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Desse total de internações por complicações respiratórias, prevalecem três vírus como os principais agentes causadores: a influenza, a covid-19 e o vírus sincicial respiratório (VSR).
Somados, as infecções por esses tipos de vírus representam mais da metade dos casos. De acordo com o médico infectologista e epidemiologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Carlos Starling, dois grupos enfrentam perigos acentuados quando o assunto é infecções virais: crianças e idosos.
Para o primeiro grupo, vale uma atenção diferenciada para o vírus sincicial respiratório (VSR), que causa infecções graves, especialmente em crianças com menos de 2 anos. “Nesses casos, o maior sinal de alerta para pais e mães, além de sintomas típicos da gripe, é a dificuldade respiratória nos pequenos. São pacientes ainda muito sensíveis que podem vir a enfrentar a necessidade de internação hospitalar e também em terapia intensiva”.
Já no caso de pessoas com mais de 60 anos, os vírus da influenza e da covid-19 não devem ser subestimados. A chegada do tempo seco e o frio estimulam o acometimento por essas doenças e podem gerar sintomas como alteração no estado de consciência e diminuição no volume urinário.
Para o infectologista, a procura por atendimento médico deve sempre ocorrer “o mais precocemente possível”. Ele completa as recomendações dando destaque maior à vacinação. “Essa é certamente a principal estratégia de prevenção”, alerta o médico.
Medidas que ajudam a prevenir doenças respiratórias
Starling enfatiza a necessidade de manter as boas práticas que foram instituídas no período da pandemia e seguem valendo ao longo de todos os meses do ano. “Lavar as mãos, ter etiqueta ao tossir e espirrar e usar máscaras em ambientes de maior risco são todos bons costumes que devem ser mantidos.” ressalta o especialista.
Um outro ponto de atenção é a conscientização da população para os perigos que vão além do vírus. “As infecções virais são capazes de lesionar o trato respiratório e chegam abrindo espaço também para infecções bacterianas, especialmente por pneumococo, que pode gerar, desde uma sinusite, até tipos mais graves de pneumonia”, ressalta.
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